Cenário atual da construção civil ainda está distante da recuperação, aponta sondagem do SindusCon-SP

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Cenário atual da construção civil ainda está distante da recuperação, aponta sondagem do SindusCon-SP

A Sondagem da Construção realizada pelo SindusCon-SP junto a empresas do setor mostrou que a expectativa dos empresários em relação ao desempenho da indústria no trimestre formado pelos meses de março, abril e maio apresentou queda de 8,6% (ficando em 34,61 pontos) em relação ao trimestre anterior. Em 2016, os empresários esperavam melhora da demanda do setor. Como isso não ocorreu, essa expectativa mudou de direção na pesquisa atual.
Apurada trimestralmente pelo sindicato, desde agosto de 1999, a sondagem segue uma escala que vai de “0” a “100”, tendo o valor “50” como centro. Ou seja, abaixo de “50” pode ser interpretado como um desempenho não favorável. A exceção fica apenas por conta do item dificuldades financeiras, cujos valores abaixo de “50” significam dificuldades menores.
A percepção em relação ao desempenho corrente, por outro lado, teve alta comparada à última sondagem, marcando 25,10 pontos. Apesar da diferença de 1,4%, o indicador permanece baixo, sem muitas alterações.
“O aumento do pessimismo está em sintonia com a percepção geral de que dificilmente os investimentos voltarão a crescer no curto prazo, embora a redução da inflação e o crescimento do PIB no primeiro trimestre sinalizem avanços”, comenta o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. “Certamente o agravamento da crise política dificultará ainda mais a aprovação das reformas que sinalizam o equilíbrio de longo prazo nas contas públicas. Isso deverá manter as expectativas deprimidas por mais tempo na indústria da construção”, acrescenta.
A relevante mudança na avaliação da política econômica foi o ponto marcante da sondagem, apresentando queda de 11,5% em relação ao trimestre anterior, registrando 43,12 pontos. O índice, que mostrava a diminuição do pessimismo sobre a condução da política econômica do país, na última avaliação, sofreu um revés nesse trimestre. Vale lembrar que essa pesquisa não abrangeu as incertezas relacionadas às últimas turbulências políticas.
A percepção em relação aos custos do setor aumentou em 2,9%, alcançando 56,18 pontos. O índice vinha refletindo uma desaceleração da inflação, mas mudou de direção nesse trimestre, apresentando uma leve piora nas expectativas.
Já a avaliação em relação às dificuldades financeiras caminha para um cenário melhor, apesar de ainda manter um nível elevado (57,86 pontos). Mesmo com a queda de 9,7%, pode-se afirmar que o crédito continua caro e difícil também para as empresas.
A respeito da redução da inflação, os resultados também são otimistas. O índice registrou 62,92 pontos, aumentando 10,3% sobre o resultado do trimestre terminado em fevereiro. Houve melhora também nas expectativas para o crescimento econômico, que apresentaram crescimento de 1,6% (para 32,41 pontos).

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