Como aumentar a produtividade em sistemas de fôrmas e escoramentos

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Como aumentar a produtividade em sistemas de fôrmas e escoramentos

Os principais quesitos e os desafios a serem superados para uma boa gestão da produtividade em sistemas de fôrmas de madeira e escoramentos para edifícios foram apresentados em workshop técnico do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, em 1 de dezembro, na sede da entidade.
Workshop de fôrmasAbrindo o evento junto com o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade, Jorge Batlouni, o coordenador do CTQ, Yorki Estefan, reafirmou o comprometimento do sindicato em disseminar conhecimentos que beneficiem as construtoras. “Este foi um ano particularmente difícil, e o SindusCon-SP entende que  seu papel torna-se ainda mais relevante em momentos de crise. Na expectativa de tempos melhores, continuaremos atuando pelo aprimoramento da qualidade e da produtividade das nossas obras”, afirmou.
Workshop de fôrmas - ZorziO engenheiro Antônio Carlos Zorzi, diretor de engenharia da Cyrela e professor do MBA da Poli-USP, apresentou as principais recomendações para a melhoria da qualidade e da produtividade com redução do custo dos sistemas de fôrmas de madeira para edifícios.
São eles:
•    Conceber, desde o projeto arquitetônico da edificação, a influência do lançamento estrutural na construtibilidade da mesma e no reaproveitamento dos materiais dos sistemas;
•    Definir os materiais componentes do molde em madeira compatibilizando os critérios de maior durabilidade e menor custo; no caso de madeira serrada, efetuar controle de densidade de massa aparente e da umidade; em relação à madeira compensada, realizar ensaio expedito de delaminação (não constante de norma), mediante fervura;
•    Ter um projeto de produção de fôrma, que preveja fiscalização, facilidade de desforma e reutilização dos materiais, evitando desperdícios e otimizando o tempo de execução; deve ainda contemplar treinamentos para sua confecção e duas plantas no canteiro, uma de fabricação e outra de montagem;
•    Cuidar da correta fabricação dos sistemas, por empresas especializadas ou no canteiro de obra (se optar por esta última alternativa, dispor de local, logística e equipamentos adequados). Investir na pintura das fôrmas é uma forma de valorizá-las como sendo equipamentos reaproveitáveis na obra (e não uma lenha descartável);
•    Selecionar o tipo de cimbramento, estabelecendo critérios como repetitividade de seu uso, velocidade de execução e equipamento empregado para sua movimentação;
•    Definir diretrizes de montagem, desforma e verificações no sistema; estabelecer procedimento de execução, sequência correta de ações de como fazer, verificar e inspecionar, em linguagem de fácil compreensão;
•    Realizar treinamento e qualificação da mão de obra, uma ação indispensável na qual é preciso investir e nela incluir desde o servente até engenheiros, mestre de obras e encarregados;
•    Acreditar que sempre dá para melhorar, conhecendo a experiência de outras construtoras, detectando lacunas, estabelecendo metas, detalhando as estratégias para alcançá-las e montando planos de trabalho;
Também o engenheiro Paulo Assahi, professor convidado do MBA da Poli-USP e coautor do livro “Concreto – Ensino, Pesquisa e Realizações”, fez uma apresentação, detalhando os principais aspectos de projeto a serem levados em conta na matéria.
Antes dos debates finais, o engenheiro Martin Eugenio Sola apresentou cases instigantes de atuações da Peri Brasil no Rio de Janeiro: o Museu do Amanhã, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, com 26,1 mil m² de fôrmas planas, curvas e tridimensionais, 28 mil m² de fôrmas especiais e 28 mil m² de projetos especiais, pré-montadas em São Paulo, com projeto idealizado na Alemanha e que envolveu 50 engenheiros daquele país, da Espanha e da Polônia; e o Museu da Imagem e do Som, projeto do escritório norte-americano Diller Scofidio+Renfro, com 9,8 mil m² de fôrmas, 8,2 mil m² de escoramentos, 3.215 m² de fôrmas Vario (plano + camboído) e 54 fôrmas especiais.

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