Construcarta Nível de Atividade: o mercado imobiliário em 2017

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividade: o mercado imobiliário em 2017

De acordo com a Abrainc, as vendas das empresas no mercado imobiliário brasileiro em 2016 atingiram 103,2 mil unidades, o que representou uma queda de 8,0% em relação ao ano anterior. Nessa mesma comparação, os distratos, cancelamento de vendas, caíram 7,1%, mas seguiram elevados, fechando o ano com 44,2 mil unidades.
Os números da Região Metropolitana de São Paulo também apontaram a continuidade da queda nas vendas, da ordem de 24% em relação a 2015, segundo o Secovi. Foi o terceiro ano seguido de queda. Na comparação com 2013, a redução foi de 57%.
Com a queda nas vendas e distratos ainda elevados, os lançamentos também seguiram em ritmo fraco indicando a continuidade do ajuste dos estoques no mercado. Na região Metropolitana de São Paulo houve queda de 30%. No âmbito nacional, os números da Abrainc são positivos, com alta de 9%.
O desempenho negativo do mercado imobiliário em 2016 refletiu a conjuntura bastante difícil com elevação recorde do desemprego e queda na renda das famílias. Na outra ponta, os bancos também tornaram o acesso ao crédito mais difícil, o que resultou em queda de 38% no volume de financiamentos realizados com recursos da poupança. O quadro não foi mais crítico por conta dos empréstimos com origem no FGTS, que caíram 7% no ano passado. Assim, considerando as duas fontes (FGTS e poupança), a queda em 2016 ficou em 25%.
Mas o ano começou com boas notícias para o mercado: foi anunciada a revisão dos parâmetros do programa Minha Casa Minha Vida, assim como uma meta ambiciosa de construção de 500 mil unidades. Para a média renda, houve o aumento do valor máximo do imóvel financiado a partir da poupança para R$ 1,5 milhão.
Tudo isso teve um impacto bastante positivo nas expectativas dos empresários do mercado imobiliário. A sondagem da Construção da FGV realizada em março mostrou que desde dezembro a confiança do segmento residencial cresceu quase 5 pontos, ou bem acima da média do setor como um todo, impulsionada pelas expectativa de melhora nos negócios nos próximos meses.
É possível esperar, de fato, por essa reversão nos próximos meses? Indiscutivelmente o cenário macroeconômico está melhor hoje do que estava no início do ano passado. Essa melhora está traduzida nas projeções que apontam crescimento da economia, de 0,4%, e para o próprio setor da construção da ordem de 0,5%. Mas a dimensão dos números do crescimento indica que será um processo bastante lento.
É possível que a queda significativa que houve na oferta imobiliária e na taxa de juros e a melhora do cenário como um todo leve investidores a buscar bons negócios no mercado, aproveitando o momento de baixa dos preços. No entanto, enquanto o mercado de trabalho prosseguir piorando não se observará uma retomada consistente.
Vale observar ainda que o aumento dos lançamentos e vendas é apenas o início do ciclo e que até ele se traduzir na contratação de novos trabalhadores levará ainda algum tempo, o que significa que as demissões n o mercado imobiliário ainda deverão superar as contratações ao longo de 2017.
Acesse aqui o relatório completo.

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