Construcarta Preços: Inflação segue desacelerando

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

Construcarta Preços: Inflação segue desacelerando

Entre agosto e setembro, o IPCA, índice oficial do regime de metas, passou de 0,44% para 0,08%, levando a taxa acumulada no ano para 5,51%. Vale lembrar que em 2015 no mesmo período, o IPCA alcançou 7,64%. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 8,48%.
Apenas três dos nove grupos que compõem o índice tiveram aceleração – habitação, vestuário e comunicação. Entre os que tiveram taxa reduzida, a maior contribuição veio dos preços dos alimentos, que em agosto teve variação de 0,30% e em setembro passou para uma queda de 0,29%.
O INPC acompanhou a desaceleração e teve variação de 0,08% em setembro – contra taxa de 0,31% de agosto. Dessa forma, o índice passou a acumular variação de 6,18%, no ano e de 9,15%, em 12 meses.
A forte desaceleração dos índices contribuiu para melhorar ainda mais as expectativas de inflação. O Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 07 de outubro, passou a apontar variação de 7,04% para o IPCA de 2016. Para 2017, o recuou foi menor: a estimativa é de 5,13%.
Em setembro, o IGP-DI também teve desaceleração, passando de 0,43% para 0,03%. Com esse resultado, a taxa acumulada alcança 6,10% no ano e, 9,74%, em 12 meses.
Os dois principais componentes do IGP registraram taxas mais reduzidas na comparação com agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que havia registrado alta de 0,50%, teve queda de 0,03%, acumulando no ano aumento de 6,53%. Já o Índice de Preços ao Consumidor – IPC, segundo maior componente do IGP, passou de 0,32% no mês anterior para 0,07%. Por sua vez, o INCC-DI inverteu a tendência do mês anterior: passou de 0,29% para 0,33%. Dessa forma, o índice da construção acumula taxa de 5,36% no ano e de 6,21% em 12 meses.
O subgrupo materiais e equipamentos, que havia apresentado alta de 0,40% em agosto, teve variação de 0,18%. No ano, o componente apresenta aumento de 2,24%. Ao contrário do mês anterior, o cimento contribuiu para a diminuição da taxa mensal e acusou deflação de 0,60%.
O índice relativo ao subgrupo serviços, que em agosto teve deflação de 0,11%, teve alta de 0,06%, acumulando taxa de 3,23% no ano. São Paulo, 13 de Outubro de 2016, Ano 17, Nº 620.
A mão de obra aumentou 0,48% no mês. No ano, os custos da mão de obra subiram 7,95%.
Vale notar que apesar dos acordos salariais na construção terem épocas definidas, a forte crise setorial mudou a sazonalidade, uma vez que os aumentos estão sendo concedidos em duas etapas na maioria das capitais. Assim, ao contrário dos anos anteriores, os aumentos da mão de obra estão ocorrendo também fora da data-base.
Em setembro, o INCC acusou aumentos parciais em três capitais. Em Brasília foi dada a primeira parcela do reajuste e a segunda está prevista para dezembro. Em Porto Alegre, também houve aumento, apesar da data do acordo ser junho – a segunda está prevista para novembro.E por fim, o índice refletiu também a segunda parcela do acordo de São Paulo – a primeira foi dada em maio.
O relatório completo pode ser acessado aqui.

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