Construcarta preços: IPCA tem ligeira desaceleração no mês
Em agosto, o IPCA, índice oficial do regime de metas, registrou variação de 0,44% contra 0,52% em julho. Com esse resultado, a taxa acumulada no ano alcançou 5,42%, contra 7,06% registrada em igual período de 2015. Já na comparação 12 meses, a taxa, que em 2015 foi de 8,74%, atingiu 8,97%.
A desaceleração observada no mês ocorreu especialmente devido ao grupo alimentação e bebidas, cuja alta passou de 1,32% para 0,3% em agosto. A tendência de menor alta dos alimentos, antecipada pelo IPA dos meses anteriores, deve prosseguir contribuindo para a continuidade da desaceleração nos meses à frente e para que a taxa 12 meses também se reduza.
As expectativas expressas no Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 09 de setembro, sugerem o fechamento de índice oficial em 7,36% em 2016. Para 2017, a estimativa é de 5,12%, portanto, dentro dos limites do regime de metas, cujo teto no próximo ano será de 6%.
Por sua vez, o IGP – DI apresentou aceleração, passando de -0,39% em julho para 0,43% no mês de agosto. Em 2016, a taxa acumulado até o mês de agosto é de 6,7%. Em 12 meses, o índice acumulou elevação 11,27%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,50% em agosto contra -0,81% no mês de julho, representando a principal contribuição para o resultado mensal. Já o Índice de Preços ao Consumidor – IPC, segundo maior componente do IGP, registrou elevação de 0,47% perante a 0,52% no mês anterior.
Ao contrário dos demais componentes do IGP, o INCC-DI, desacelerou em agosto e passou de 0,49% para 0,29%. Dessa forma, o índice da construção acumula taxa de 5,01% no ano e de 6,09% em 12 meses.
Dentro do INCC, o subgrupo materiais e equipamentos foi o único que apresentou taxa mais elevada no mês ao passar de -0,05% para 0,40%. Para esse resultado, contribuíram as altas nos preços dos tubos e conexões de PVC e do cimento, de 3,57% e 1,73%, respectivamente. Vale notar, no entanto, que no ano, os dois itens apresentam evoluções bastante distintas: enquanto o cimento registra variação negativa (- 5,71%), os tubos de PVC acumulam aumento de 5,19%. No ano, o subgrupo materiais e equipamentos teve aumento de 2,05%.
O índice relativo ao subgrupo serviços, que em julho apresentou variação de 0,29%, passou para uma deflação de 0,11%, acumulando taxa de 3,17% no ano.
A mão de obra também teve taxa mensal inferior a do mês de julho, saindo de 0,90% para 0,30%. No ano, os custos da mão de obra subiram 7,43%
