Emprego na construção encolhe 3,31% em novembro na região Noroeste

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Emprego na construção encolhe 3,31% em novembro na região Noroeste

Os meses finais de 2016 confirmaram a tendência de queda no emprego na construção civil na região noroeste do estado. O mercado de trabalho do setor encolheu 3,31% em novembro na comparação com outubro e 986 vagas foram eliminadas, segundo mostra pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O saldo de trabalhadores na região ficou em 28.784 trabalhadores, o que representa 4,14% do total de trabalhadores do setor no estado de São Paulo.
O cenário adverso preocupa, mas não desanima os empresários regionais. De acordo com o diretor da Regional do SindusCon-SP em São José do Rio Preto, Germano Hernandes Filho, a região apresenta um mercado imobiliário equilibrado sendo que a movimentação das construtoras aponta para um recuperação do setor.
“Estudos do SindusCon-SP apontam que a construção civil no Brasil deve crescer 0,5% em 2017. Eu acredito que na nossa região deveremos crescer até um pouco mais. Observando os empresários regionais vejo que alguns já estão fazendo lançamentos de novos empreendimentos e outros também devem seguir o mesmo caminho. Acredito que, se o governo mantiver medidas de ajuste fiscal, a construção civil regional deverá começar a se recuperar a partir de abril ou no segundo semestre deste ano”, avalia Hernandes.
No ano passado, porém, o mercado de trabalho retraiu bastante e o fechamento de vagas atingiu as cidades que mais empregam na construção civil na região. Em São José do Rio Preto foram fechadas 464 vagas em novembro o que representa queda de 3,67%. A cidade tem 12.191 pessoas formalmente empregadas no setor.
Catanduva, ao contrário da região, teve contratações com a abertura de 16 novos postos de trabalho. O aumento de 0,97% em relação a outubro faz com que o município passe a ter 1.670 trabalhadores com carteira assinada no setor.
O mercado de trabalho em Votuporanga seguiu a tendência regional e também demitiu eliminando 74 vagas em novembro. A queda, de 4,19%, fez com que o número total de trabalhadores formais do setor caísse para 1.692. Ainda assim Votuporanga é o terceiro município que mais emprega na construção civil do noroeste do Estado ficando atrás apenas de São José do Rio Preto e Araçatuba.
Em Fernandópolis as demissões superaram as contratações e o município perdeu 94 vagas em novembro, o que representa queda de 8,51% em relação ao mês anterior. Atualmente o município emprega 1.011 trabalhadores com carteira assinada no setor.
Em Araçatuba o mês de novembro trouxe mais demissões com o fechamento de 79 vagas. A queda de 2,33% em relação a outubro fez com que o município passasse a ter 3.308 pessoas formalmente registradas na construção civil.
Em Birigui o cenário também é de demissões com o fechamento de 58 vagas em novembro, o que representa queda de 5,41% em relação a outubro e diminui para 1.015 o total de trabalhadores formais no setor.
Já em Andradina houve um leve aumento com a contratação de três trabalhadores. O aumento de 0,51% em relação a outubro eleva para 589 o número de trabalhadores formais na construção civil do município.
Brasil
No cenário nacional a pesquisa do SindusCon-SP e FGV mostra que o nível de emprego na construção caiu 2,20% em novembro na comparação com outubro, a 26ª queda consecutiva. Em 12 meses o saldo negativo é de 437 mil postos de trabalho (-14,5%) deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,582 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões.
Nos primeiros onze meses do ano houve corte de 461.849 vagas. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 26.917 vagas em novembro (-1,04%).
O agravamento do desemprego na construção em novembro, com o fechamento de mais de 58 mil postos de trabalho, já era esperado, segundo o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Além da queda contínua no volume de obras, os dois últimos meses do ano sazonalmente se caracterizam como um período de redução do nível de emprego no setor, pois muitas obras são concluídas e novas serão iniciadas somente no ano seguinte”, afirma.
O que preocupa o presidente do SindusCon-SP, entretanto, é a continuação da queda dos indicadores de atividade dos segmentos antecedentes de novas obras: preparação de terrenos e engenharia e arquitetura, que em novembro caíram 3,73% e 1,87%, respectivamente. “Trata-se de um claro sinal de que o volume de novas obras continuará se reduzindo nos próximos meses, o que deverá desempregar ainda mais gente no setor da construção. Precisamos urgentemente de medidas emergenciais e mais reformas microeconômicas para reverter esse cenário”, diz.
Estado de São Paulo
Em novembro, houve queda de 1,77% no emprego em relação a outubro – redução de 12,5 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 707,1 mil em outubro para 694,6 mil em novembro. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 0,90% (-6.351 mil vagas).
Entre as Regionais do SindusCon-SP, Santos apresentou a maior queda (-3,92%), seguido por São José do Rio Preto (-3,31%) e Sorocaba (-3,08%).
Empregos SP
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.
(Ester Mendonça)

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