Empresário está menos pessimista aponta Sondagem Indústria da Construção

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

Empresário está menos pessimista aponta Sondagem Indústria da Construção

A Sondagem Indústria da Construção, divulgada na última sexta-feira (23/11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que o nível de atividade está abaixo do usual desde maio de 2012 e, assim como o emprego, continua em tendência de queda. Contudo, há sinais de que a crise está diminuindo. A queda do nível de atividade e do número de empregados tem sido menor que a observada durante todo o ano de 2015.
Os empresários ainda não se mostram otimistas como nas indústrias de transformação e extrativa, mas os indicadores de expectativa têm apresentado um cenário menos adverso do que o esperado há alguns meses. Os índices de expectativa variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam expectativa de queda. Os indicadores, embora permaneçam abaixo dos 50 pontos, têm se aproximado cada vez mais dessa linha divisória, sinalizando redução do pessimismo dos empresários em relação aos próximos meses.
O indicador de atividade variou dentro da margem de erro e atingiu em agosto 41,8 pontos, 0,5 ponto inferior ao registrado em julho. Apesar da queda, o indicador acumula alta de 8,5 pontos no ano, o que indica redução do ritmo de queda da atividade. O indicador de emprego permaneceu praticamente estável, em 39,6 pontos, na passagem de julho para agosto e acumula alta de 6,6 pontos no ano. Valores abaixo de 50 indicam queda da atividade e do emprego em relação ao mês anterior.
A indústria da construção está operando abaixo do usual para o mês, desde maio de 2012. O indicador do nível de atividade efetivo-usual caiu 1,1 ponto na passagem de julho para agosto e encontra-se 22,3 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos (valores abaixo de 50 pontos indicam nível de atividade abaixo do usual para o mês). Ainda assim, não se pode afirmar que o movimento de redução da ociosidade, que se iniciou no segundo trimestre, tenha chegado ao fim.
A utilização da capacidade de operação (UCO) permanece no mais baixo patamar da série. Em agosto, atingiu 56%, 1 ponto percentual abaixo da registrada em julho e 10 pontos percentuais inferior à média do mês de agosto dos anos anteriores.
As expectativas dos empresários da indústria da construção continuam pessimistas. Todos os indicadores de expectativa oscilaram dentro da margem de erro na passagem de agosto para setembro. Os índices de expectativa do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços passaram de 46,1 e 44,8 pontos em agosto para 46,9 e 45,5 pontos em setembro, respectivamente.
Na mesma base de comparação, os indicadores de expectativa de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados variaram de 44,3 e 43,5 pontos para 45,0 e 44,1 pontos, respectivamente.
A baixa utilização da capacidade operacional, a fraca atividade e a difícil situação financeira das empresas do segmento da construção desestimulam os empresários a     investir. O indicador de intenção de investimento ficou praticamente estável em 26,9 pontos, na passagem de agosto para setembro, permanecendo entre os menores níveis da série.
Veja o relatório completo aqui.

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