Encontro em Rio Preto traça perfil e perspectivas da construção civil na região
Um dia intenso de atividades marcou a realização da Reunião Plenária da diretoria do SindusCon-SP na Regional de São José do Rio Preto. Em três momentos distintos os diretores da entidade discutiram questões administrativas, promoveram um encontro de trabalho com empresários locais e ainda a realização de sessão solene e jantar para análise da economia e perspectivas para a construção civil em níveis nacional e regional e posicionamento da entidade na revisão do Plano Diretor de São José do Rio Preto.
A sessão solene teve a participação de mais de 70 empresários, lideranças empresariais e autoridades. O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, deu as boas vindas aos participantes e convidou o prefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo, para abrir a sessão de palestras da noite. Edinho falou sobre o tema “Tendências e Perspectivas de Desenvolvimento Sustentável” mostrando os desafios herdados por sua administração e os caminhos futuros da cidade onde uma das prioridades é realizar a revisão do Plano Diretor.
O diretor da Regional do SindusCon-SP de São José do Rio Preto, Germano Hernandes Filho, aproveitou para apresentar ao prefeito as demandas do setor da construção civil, que foram debatidas durante o encontro realizado pela entidade no período da tarde. “A construção civil quer ser voz ativa na revisão do Plano Diretor. Queremos ajudar a pensar a Rio Preto que queremos para os próximos anos oferecendo sugestões e soluções que tornem a cidade cada vez melhor para todos”, afirmou. Hernandes também promoveu a aproximação do segmento com o poder público visando a discussão de interesses diretos dos empresários do setor como por exemplo, uma maior agilidade nos prazos de análise de projetos na administração municipal.
Na visão do presidente José Romeu Ferraz Neto as oportunidades em nível municipal devem ser bem aproveitadas pelos empresários locais e todos devem ficar atentos ao cenário nacional da economia que tem sido bastante castigada nos últimos dois anos. Na palestra “Construção Civil e Conjuntura”, o dirigente mostrou como os indicadores de emprego, atividade econômica, PIB e capacidade de investimento do setor despencaram. Ao final ele destacou algumas boas notícias mas faz um alerta. “Existe uma possibilidade de melhora. A agência internacional Moody’s alterou a perspectiva do ratings dos títulos da dívida do Brasil de negativa para estável, houve sucesso na concessão de alguns aeroportos e análise otimista da revista The Economist. Mas é preciso que as reformas importantes para a e conomia sejam aceleradas. É uma questão de sobrevivência para a construção civil”.
Enquanto a economia não melhora é preciso buscar as oportunidades. Dentro desta visão, Germano Hernandes Filho apresentou palestra com dados importantes para a análise dos empresários locais. Ele mostrou que Rio Preto terá uma demanda de 31 mil casas nos próximos seis anos por ser uma cidade centro que atrai moradores dos municípios próximos. “É preciso pensar também que a população está envelhecendo, então as oportunidades nos apontam para a construção de residências menores”.
A última palestra da noite foi de Israel Cestari, secretário de Planejamento de Rio Preto. Ele fez uma análise dos planos da cidade na questão da mobilidade e indicou que a administração pública quer que a cidade ocupe os vazios urbanos onde já existem equipamentos como escolas, creches e unidades de saúde, mas ainda há muitos terrenos sem ocupação. “Nos espaços vazios urbanos temos espaço para mais de 76 mil terrenos com tamanho médio de 200m². A ocupação ordenada destes espaços têm que ser uma das metas do Plano Diretor que será revisto”, finalizou Cestari.
(Ester Mendonça)
