Estudo do SindusCon-SP mostra que há espaço para crescimento no mercado de imóveis residenciais em Santo André

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Estudo do SindusCon-SP mostra que há espaço para crescimento no mercado de imóveis residenciais em Santo André

Estudo do SindusCon-SP e da Deloitte Consultoria, apresentado durante o ConstruBR 2016, realizado nos dias 14 e 15 de abril em São Paulo, mostra que, apesar da crise econômica no país, ainda há espaço para o crescimento no mercado de imóveis residenciais no Grande ABC.
A pesquisa foi feita em dez cidades do Estado, onde ficam localizadas as regionais do SindusCon-SP. Santo André foi o único município da região que participou do levantamento. Para o diretor do SindusCon-SP em Santo André, Sergio Ferreira dos Santos, embora a pesquisa tenha sido realizada apenas em uma cidade do ABC, as tendências apontadas podem ser estendidas aos outros municípios da região, principalmente São Bernardo do Campo e Mauá.
“São Caetano e Diadema têm dificuldades para a expansão imobiliária em razão da falta de espaço, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra têm restrições devido à legislação ambiental”, explica Santos.
Ele avalia que, desde o ano passado, as vendas de imóveis novos tiveram forte redução, motivada por três importantes fatores: queda na renda média da população; restrição ao crédito por parte dos bancos e insegurança em relação ao momento econômico e político do Brasil, de modo que os consumidores temem contrair dívidas de longo prazo. “Mesmo assim, ainda há grande demanda de pessoas que planejam comprar casa ou apartamento. O que está barrando é a parte financeira.”
Como existe esta oportunidade futura, Santos acredita que os empresários do setor que possuem capital para investir em novos empreendimentos sairão na frente quando o país voltar a crescer e o mercado retomar o ritmo de aceleração, o que deverá ocorrer a partir do fim do ano que vem. “Se o mercado continuar assim, não haverá oferta de imóveis quando a economia aquecer. É preciso começar a pensar desde já no fim da crise”, analisa.
A diretora de estratégia e operações da Deloitte, Marie Rodrigues, acrescenta que Santo André tem a seu favor o fato de ser menos burocrática que as demais cidades pesquisadas no que diz respeito à aprovação de novos empreendimentos – atrás apenas de Presidente Prudente. Segundo o estudo, o tempo médio do processo de licenciamento junto à Prefeitura andreense é de seis meses.
Para chegar à conclusão de que ainda há demanda na cidade, a pesquisa fez entrevistas com representantes da administração municipal e levou em conta indicadores como taxa de desemprego, população economicamente ativa, e PIB (Produto Interno Bruto) nominal e per capita, além da infraestrutura disponível e da proximidade com a capital.
As conclusões da pesquisa foram municiadas a partir da avaliação de três grandes grupos de fatores. São eles: dados demográficos, oferta de construção civil (segmentada em habitação de interesse social, residencial de média renda, residencial de alta renda, galpões logísticos, construções corporativas, construções comerciais e obras públicas, políticas de sustentabilidade adotadas pelas prefeituras relacionadas à construção civil e ciclo de aprovação de licenciamento) e cenário econômico da região.
O vice-presidente de Imobiliário do SindusCon-SP, Odair Senra, destaca “é importante conhecer o potencial dessas regiões e, a partir disso, colher subsídios, para que as empresas do setor se desenvolvam com planejamento. O estudo também vai estimular a geração de novas empresas, incrementando a construção civil.”
O vice-presidente de Interior do SindusCon-SP, Luiz Claudio Amoroso, destaca a importância de se mapear as oportunidades em cada região do interior paulista. “Esse estudo detalha onde as empresas podem encontrar um terreno fértil para investir. Em tempos econômicos difíceis como o atual, esta é uma agenda positiva para o mercado”, conclui.
 
(Sueli Osório)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo