Infraestrutura ruim tira R$ 150 bi do país

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Infraestrutura ruim tira R$ 150 bi do país

A cada ano que o Brasil deixa de investir o mínimo necessário para manter a infraestrutura existente, a economia perde R$ 151 bilhões – valor próximo ao déficit primário calculado para o País em 2016. O resultado dessa conta, feita pela consultoria GO Associados, é perverso: além de manter um transporte de má qualidade e uma oferta restrita de serviços públicos, o baixo investimento no setor representa menos emprego e renda para a população e menos dinheiro nos cofres do governo.
Importante aliado para turbinar o crescimento econômico em qualquer lugar do mundo, o investimento em infraestrutura sempre esteve entre as prioridades anunciadas pelos governos Lula e Dilma. Mas, apesar da criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os montantes aplicados de 2003 para cá nunca passaram dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) – parâmetro mundial que indica o investimento necessário para manter a estrutura existente.
Nas últimas duas décadas, o Brasil investiu em média 2,2% do PIB em infraestrutura, enquanto a média mundial foi de 3,8%. Na China, o número chegou a 8,5% e, na Índia, a 4,7%. Só em 2015, os investimentos que deixaram de ser feitos no setor representaram R$ 23 bilhões menos no bolso do trabalhador e R$ 14 bilhões no caixa do governo, segundo cálculos da GO.
Confira aqui a íntegra da matéria do Estadão publicada em 04/06/2016.

Moreira Franco e empresas avaliam como destravar problemas em infraestrutura
O governo está fazendo um “levantamento minucioso” sobre as questões que estão travando os processos de parceria em infraestrutura no país, afirmou o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República, Moreira Franco.
Em reunião com membros do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o secretário disse que o objetivo é definir como serão os modelos e acelerar os processos de concessões para rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, óleo e gás e energia no país.
Sem citar prazos ou quais seriam essas concessões, Moreira Franco informou que serão feitas primeiro as consideradas “mais fáceis”. “Não vamos trabalhar com fantasia. Não temos um programa publicitário. Temos uma força-tarefa que tem uma estratégia: procurar destravar dos mais fáceis para os mais difíceis”, explicou Moreira Franco.
Ele disse que os principais entraves a serem vencidos estão relacionados, primeiramente, à taxa de retorno fixa. “O fato de o dono querer não significa que produto vai ser vendido pela vontade de um só, é um dos problemas que vamos resolver”, explicou. O segundo entrave envolve a questão ambiental. “Temos que decidir. Não pode um empreendimento ficar paralisado durante meses ou anos por falta de decisão. Precisamos decidir, respeitando o meio ambiente”, acrescentou o secretário.

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