SindusCon-SP: queda da atividade das construtoras foi maior que a do PIB do setor

Rafael Marko

Por Rafael Marko

SindusCon-SP: queda da atividade das construtoras foi maior que a do PIB do setor

A queda de 5,2% do PIB da Construção em 2016, divulgada hoje (7) pelo IBGE, dimensiona apenas parcialmente a queda do desempenho do setor no ano passado. “Somente a atividade das construtoras formais caiu 18,2% em 2016, de acordo com o Índice Nacional de Atividades da Construção Civil*”, explica o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto.
De acordo com o IBGE, o PIB da Construção caiu 2,3% no quarto trimestre de 2016, em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao último trimestre de 2015, a queda foi de 7,5%. No ano de 2016, a queda do PIB da construção foi de 5,2% em relação ao resultado de 2015, contribuindo para o desempenho negativo de PIB nacional (-3,6%).
Romeu Ferraz manifesta preocupação com a queda de 10,2% da taxa de Formação Bruta de Capital Fixo, pela qual a construção responde por 55%. “Com isso, a taxa de investimento no ano de 2016 caiu para 16,4% do PIB, abaixo dos 18,1% de 2015. Distanciamo-nos ainda mais do patamar acima de 20%, condição necessária para o início de um crescimento sustentável da economia”, afirma.
Para o presidente do SindusCon-SP, os resultados reforçam a necessidade de continuidade das reformas e medidas voltadas a resgatar a confiança dos investidores, reativar a economia e reverter o desemprego. “Precisamos avançar com urgência no ajuste fiscal, nos investimentos em infraestrutura e habitação, em concessões e parcerias público-privadas e em medidas de melhoria do ambiente de negócios.”
*O Índice Nacional de Atividades da Construção Civil (INACC) é produzido pelo SindusCon-SP e tem como objetivo estimar a atividade dessas empresas no País que representam parcela significativa da atividade formal da construção civil. O INACC é um indicador físico de atividade, ou seja, da produção em termos de quantidade e não de valor, se diferenciando claramente dos indicadores estritamente econômicos, como o PIB setorial.

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