SindusCon-SP realiza workshop Tecnologias para Canteiro de Obras Sustentável de Habitação de Interesse Social

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

SindusCon-SP realiza workshop Tecnologias para Canteiro de Obras Sustentável de Habitação de Interesse Social

O SindusCon-SP sediou nesta quarta-feira (22) o Workshop Tecnologias para Canteiro de Obras Sustentável de Habitação de Interesse Social. O evento foi uma apresentação de cinco subprojetos realizados nas universidades Escola Politécnica da USP (Poli-USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Universidade Federal da Bahia (UFBa). Para cada estudo foi realizada uma apresentação a respeito do tema.
Fomentar o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem que o canteiro de obras tenha baixo impacto ambiental, com instalações provisórias que sejam aprovadas pelos órgãos governamentais de fiscalização, trazendo menores consequências ao meio ambiente e às pessoas que estiverem no entorno da obram, foram os pontos fortes dos estudos apresentados.
A professora Dayana Bastos Costa, da UFBa, falou sobre o Diagnóstico das Principais Necessidades Tecnológicas em Canteiros de Obras. “A gente percebe que ainda há grandes lacunas entre a importância e a adoção de medidas que possam fazer com que os canteiros sejam sustentáveis.” Ela destacou a necessidade do incentivo de governos e da indústria da construção aos estudos acadêmicos, para que sejam desenvolvidas tecnologias que facilitem práticas sustentáveis.
Um dos motivos que podem dificultar a implantação das medidas que causem menor impacto ambiental é o fato de, apesar de os custos serem baixos o retorno do investimento pode não ser facilmente mensurado, como por exemplo, a melhora da imagem da empresa e aumento da competitividade.

Profª Dayana Bastos Costa, da UFBa
Profª Dayana Bastos Costa, da UFBa

Sobre Tecnologias de Execução para Melhoria das Condições de Trabalho e Redução de Resíduos, os professores Carlos Torres Formoso, da UFRGS, e José Carlos Paliari, da UFSCar, lembraram que as atividades no canteiro de obras envolvem riscos ergonômicos, que vão desde o recebimento de material até a execução das tarefas. Os riscos aumentam devido ao trabalho não ser realizado em um posto fixo. Além disso, muitos canteiros são pouco estruturados e boa parte das atividades é realizada sob sol ou chuva. Uma das soluções apresentadas pelo estudo é a implementação de linha de montagem para a produção de habitação de interesse social em light steel frame.
A necessidade de inserir a cultura da segurança no ambiente de trabalho foi destaque da apresentação do subprojeto Sistemas de Proteção Coletiva para Canteiros de Obras, apresentado pelos professores da UFBa, Ricardo Fernandes Carvalho e da UFRGS, Tarcísio Saurin. “É grande a variedade de proteção coletiva atualmente,” lembrou Saurin.
O vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, defendeu que os estudantes de cursos relacionados ao setor da construção civil deveriam ter conteúdos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) ainda na faculdade. “Toda universidade deveria ter uma disciplina sobre SST,” ressaltou.
O vice-presidente Institucional do SindusCon-SP, Mauricio Bianchi, reforçou a ideia. “Precisamos inserir a segurança, o meio ambiente e a sustentabilidade no orçamento das obras das empresas. O Brasil precisa amadurecer em relação a esses aspectos”.
Durante as conclusões sobre o evento, o vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco A. de Vasconcellos Neto, disse que a qualidade dos trabalhos apresentados mostra que há condições do Brasil ampliar a sustentabilidade nos canteiros de obras e completou: “neste ambiente cada dia mais complexo, não vejo como nosso setor possa reagir às demandas hoje presentes, que não seja por meio do uso intensivo da tecnologia e da industrialização.”
O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, Jorge Batlouni Neto, endossou as ideias. Além disso, falou sobre a necessidade de baixar a emissão de material particulado e ruído pelas obras. “Nesse sentido, a solução de industrializar as fachadas das edificações pode ser muito bem-vinda.”
O workshop teve ainda a apresentação dos projetos Emissão de Material Particulado nas Vizinhanças de Canteiros, com o professor Francisco Ferreira Cardoso, das USP e Instalações Provisórias de Canteiro de Obras com Soluções Tecnológicas Sustentáveis, com a professora Sheyla Mara Baptista Serra, da UFSCar.

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