SindusCon-SP repudia risco de desvio dos recursos do FGTS

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

SindusCon-SP repudia risco de desvio dos recursos do FGTS

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) vem manifestar sua mais profunda preocupação e indignação com a notícia de que o governo teria autorizado a utilização de recursos dos depósitos no FGTS para a quitação de dívidas bancárias dos mutuários.

Tal medida, se concretizada, prejudicará inicialmente o próprio trabalhador, que terá diminuída sua poupança para as hipóteses de demissão sem justa causa, aposentadoria ou outras autorizadas pela legislação.
Prejudicará também a disponibilidade de uma das últimas fontes disponíveis de recursos para o financiamento de habitação, saneamento e infraestrutura urbana. No momento em que esses recursos são mais do que necessários para a criação de emprego, mediante construção de moradias e expansão da infraestrutura, não faz sentido algum transferi-los para os bancos. Prejudicará ainda a retomada do financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida para as famílias de menor renda, que compõem cerca de 90% do déficit habitacional de 6 milhões de moradias.
A medida, se adotada, somente reforçará o caixa das instituições bancárias, sem que isso necessariamente se traduza em maiores facilidades no acesso ao crédito ou redução dos juros. Os bancos hoje contam com elevado nível de liquidez, uma vez que estão sendo pouco demandados para a concessão de financiamentos, em função do clima ainda distante da confiança necessária à retomada dos investimentos, de um lado, e às rígidas exigências feitas à concessão de novos empréstimos pelo temor à inadimplência, por outro lado.
O SindusCon-SP torce pela adoção urgente de outras medidas necessárias ao restabelecimento pleno da confiança dos investidores e à melhoria dos negócios, mas não vê como o esvaziamento dos depósitos do FGTS, que aconteceria caso a medida fosse tomada, contribuiria efetivamente para o aumento do emprego, a produção de habitação e a ampliação da infraestrutura, tão necessárias para o Brasil sair da recessão e retomar o crescimento econômico.
José Romeu Ferraz Neto
Presidente do SindusCon-SP

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