ABDI e MDIC lançam coletânea de guias sobre BIM

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

ABDI e MDIC lançam coletânea de guias sobre BIM

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) lançaram na última quinta (30) a Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC. Com uma linguagem técnica, objetiva e até didática, a coleção de seis volumes consolida as boas práticas para os processos de projetos em Building Information Modeling (BIM) e visa orientar os diversos agentes envolvidos da cadeia produtiva da construção civil, públicos e privados. A coletânea contempla os fundamentos, conceitos, normalização e classificação de componentes, orçamentação e quantificação, entre outros.
Precursor da promoção do BIM no Brasil, o SindusCon-SP tem atuado junto a diferentes frentes para difusão no uso da metodologia pelo poder público, empresas e profissionais. Recentemente, o vice-presidente de Tencologia e Qualidade do SindusCon-SP, Paulo Sanchez, participou de uma comitiva ao Reino Unido para conhecer melhores práticas no uso do BIM pelo poder público.
A ação integrou a parceria entre Brasil e Reino Unido formalizada no fim de 2016 para a troca de experiências na utilização do BIM em obras governamentais. O convênio foi celebrado entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e a Secretaria do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) com a Secretaria de Estado de Comércio do Reino Unido.
O objetivo do convênio é contar com a experiência do Reino Unido, que obteve sucesso na utilização do BIM e ajuda outros governos a difundir o uso da ferramenta. Essa mesma parceria já foi feita com o Chile que definiu metas para a que a modelagem se torne padrão em obras públicas e privadas.
Aplicação em São Paulo
No fim de outubro representantes da International Enterprise Singapore – IE Singapore apresentaram para a Prefeitura de São Paulo um relatório de diagnóstico sobre o uso do BIM em licenciamento de empreendimentos na capital paulista.
Os dados foram levantados por técnicos da IE Singapore por meio de reuniões com representantes de diversas secretarias no primeiro semestre. Viabilizado pelo SindusCon-SP, os técnicos puderam conhecer os procedimentos aplicados e ouvir os servidores públicos sobre a estrutura atual.
Em Cingapura os projetos são submetidos em BIM por meio de uma plataforma denominada Corenet, em ordem de importância para o processo construtivo: fundações, estrutura, instalações e assim por diante. Assim, não é preciso esperar para que todos os projetos sejam aprovados para o início da construção.
Auditores independentes atestam a viabilidade dos projetos, que vão sendo aprovados pelos órgãos públicos de forma transparente por meio da plataforma a que todos os envolvidos têm acesso.
Isto significa que o licenciamento inicial para as obras pode levar apenas 14 dias. Todo este processo começou no princípio do século, de forma paulatina, com incentivos e treinamento das empresas para a migração para o BIM.
Cingapura hoje a segunda colocada no Doing Business, ranking do Banco Mundial que mede a facilidade de fazer negócios em 189 países – a primeira é a Nova Zelândia.
A simplificação e a agilização dos processos de licenciamento de empreendimentos proporcionam mais negócios, geram mais empregos, tornam mais profissional o relacionamento entre prefeituras e empresas, e possibilitam trazer cada vez mais investidores para o mercado imobiliário.

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