LAB Técnico: Comgás busca reduzir custos de geradores
Por Rafael Marko
A Comgás está realizando um trabalho para trazer mais fornecedores e assim reduzir o custo dos equipamentos para geração e cogeração de energia. Esta foi uma das novidades anunciadas pela empresa, no LAB Técnico realizado em 21 de junho, na reunião do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP.
O gerente de Novas Construções da empresa, Rodrigo de Oliveira Barbosa, apresentou uma série de aplicações e soluções da utilização do gás em empreendimentos. Nas áreas comuns, pode-se utilizar o insumo desde a instalação da rede para o aquecimento dos chuveiros no canteiro de obras, que posteriormente irá abastecer as futuras unidades. Outra aplicações são para aquecer a piscina, a lavanderia coletiva, a churrasqueira e o forno de pizza, além da instalação de geradores e Combined Heater Power (CHP).
Nas áreas privativas, as aplicações podem ir além do tradicional abastecimento de forno e fogão e do aquecimento de água. Incluem pontos para lareiras, secadores de roupa e churrasqueiras e aquecimento do ambiente por piso radiante.
Barbosa mostrou em detalhes uma série de aplicações que trouxeram valor agregado aos empreendimentos e conforto aos usuários do Jardim das Perdizes, da Tecnisa: 25 km de rede, ramais dos canteiros utilizados para fazer as ligações com os fogões e aquecedores de água de 1.530 unidades, aquecimento em 4 piscinas, lavanderias, secadoras, usina de cogeração, gerador de becape sem uso de diesel etc.
Na sequência, o gerente de Geração Distribuída da Comgás, Pedro Luiz Mendes da Silva Jr., apresentou diversos cases de empreendimentos que utilizam equipamentos a gás de geração ou cogeração de energia, para finalidades como eletricidade e climatização, com expressiva redução de custos.
Entre estes empreendimentos, citou os cases: Rochavera, Infinit Tower, Berrini One, aeroporto de Viracopos, estádio Allianz Parque, hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, Atrium IX, JK1455, agência bancária do Santander, Academia Bio Ritmo e o empreendimento residencial em construção Saint Paul.
Mendes da Silva citou como vantagens dos equipamentos de geração de energia a gás, ausência de estoques de diesel e de problemas trabalhistas, melhora da logística, sustentabilidade, autonomia e diminuição do ruído. Com os preços dos equipamentos para edificações comerciais competitivos, o desafio agora é obter o mesmo com os equipamentos para utilização em empreendimentos residenciais.
Eletropaulo
Na reunião do CTQ, Moacir Fernandes, coordenador técnico da Eletropaulo, apresentou os diversos sistemas subterrâneos de distribuição de energia elétrica da empresa e as ações de prevenção de danos a esses sistemas.
Segundo explicou, a Eletropaulo fornece cadastros para orientar sobre o posicionamento das redes subterrâneas e equipes técnicas para dar suporte às empresas. Isto permite a mitigação de acidentes, como o ocorrido quando um tirante de uma construtora danificou uma instalação subterrânea da empresa.
Fernandes relatou também as autorizações que a Eletropaulo precisa providenciar. Para redes com mais de cem metros, há necessidade de obter Termo de Permissão de Uso e Alvará de Instalação junto à Convias, num processo que demora de 30 a 45 dias se não houver outras redes subterrâneas da Sabesp, Comgás ou de telecomunicações. A seguir, é preciso pedir um Termo de Permissão e Ocupação de Vias à CET, que leva cerca de 15 dias.
O coordenador do CTQ, Renato Genioli, lembrou que a Convias informou ao SindusCon-SP que a Eletropaulo tem uma pré-autorização para realizar as obras. Fernandes afirmou que o jurídico da Eletropaulo exige que a companhia obtenha formalmente as autorizações. Ele explicou que, no caso de redes de menos de cem metros e que não precisem dobrar esquinas, não é necessário obter autorização da Convias, apenas da CET pelo site, via Sistema TPov, em operação desde 5 de fevereiro.
Já em casos específicos, ainda é preciso obter autorização de Iphan, CPTM, Autoban, Ecovias e Secretarias de Obras de outros municípios.