Construcarta Atividades: A cadeia da construção em ritmo lento

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Atividades: A cadeia da construção em ritmo lento

O setor da construção é o principal elo da cadeia da construção: de acordo, com as últimas estimativas da FGV Abramat, o setor representa 66% do seu valor adicionado. Assim, sua dinâmica determina também a demanda das outras atividades. No entanto, o setor deve ser visto em seu conjunto, o que compreende a produção das empresas, mas também de pequenos empreiteiros que fazem reformas e obras para as famílias e até das próprias famílias (autoconstrução). A produção das empresas responde pela maior parcela do PIB setorial – quase 60%. O que significa que o movimento da parcela formal determina grande parte do resultado do PIB setorial e impacta fortemente todos os demais elos.
No ano passado, a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS ajudou a impulsionar as vendas de materiais de construção no varejo, mas ainda assim a produção da indústria de materiais registrou queda e o PIB da construção fechou com a quarta retração consecutiva.
Em 2018, os sinais são de melhora generalizada. No entanto, a recuperação tem se mostrado muito mais lenta que o previsto no início do ano. Estudo da FGV IBRE mostrou que essa tem sido uma das saídas de recessão para o setor mais lenta dos últimos 70 anos. O último Boletim Macro da FGV IBRE reviu o aumento do PIB setorial para apenas 0,8% em 2018.
As sondagens realizadas com as empresas da cadeia da construção estão refletindo esse cenário: há uma recuperação em curso, mas em ritmo bastante lento.
Em abril, após nove altas consecutivas, o IC – Índice de Confiança da Cadeia de Produção da Construção recuou ao variar -1,3 ponto, na comparação com março, já feito o ajuste sazonal.
O recuou ocorreu em todos os elos, mas por sua participação, as empresas da construção responderam para maior parte do movimento negativo da confiança. O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou queda de 0,1 ponto. O recuo na margem foi resultado da diminuição das expectativas, enquanto o indicador que capta a percepção corrente dos negócios seguiu avançando.
Vale notar que as expectativas dos empresários vêm mostrando grande oscilação desde o ano passado. Na comparação 12 meses, percebe-se que há um avanço, ou seja, mesmo com a instabilidade registrada, as expectativas da cadeia ainda estão mais positivas – 7,3 pontos – que estavam há um ano.
A alta interanual é consequência do crescimento de todas as parcelas que agregam o índice, com destaque para o segmento de Materiais para Construção, da Sondagem da Indústria de Transformação e o setor da Construção, que contribuíram com 24,7% e 54,8%, respectivamente, da variação. Por outro lado, vale observar que o indicador de confiança das empresas da construção se mantém abaixo dos demais indicadores da Indústria de Materiais, do Comércio e do Serviço.
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