Construcarta Conjuntura: IBC-Br aponta crescimento no segundo trimestre

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Conjuntura: IBC-Br aponta crescimento no segundo trimestre

O indicador de atividade do Banco Central, IBC-Br, considerado prévia do PIB, teve alta de 0,5% em junho na comparação dessazonalizada com o mês anterior. Em maio, o IBC-Br tinha recuado 0,37% na mesma base de comparação (dados revisados). Com esse resultado, a alta acumulada no segundo trimestre foi de 0,25% frente ao período anterior. No acumulado do ano, o indicador registra elevação de 0,06%.
O desempenho de junho foi influenciado, dentre outros fatores, pelo setor de serviços, cujo volume cresceu 1,3% frente a maio, já com ajuste sazonal. No mesmo sentido, o volume de vendas no comércio varejista também avançou nessa base de comparação: 2,5% no conceito ampliado, com destaque para veículos automotivos e peças, com alta de 3,8% no mesmo mês.
Por sua vez, a indústria teve crescimento zero entre maio e junho na série livre de sazonalidade. Mas, nos dois meses anteriores, a alta acumulada nessa base de comparação havia chegado a 2,5%.
Vistos em conjunto, esses números sugerem o sentimento geral de que a economia brasileira finalmente encontrou o fundo do poço. A despeito do clima de incerteza política que predominou no período, o segundo trimestre não foi marcado pela queda dos principais indicadores de atividade. Ainda assim, valem algumas ressalvas.
Antes de tudo, o desempenho do comércio varejista e do setor de serviços, sobretudo os prestados às famílias, foi influenciado pela liberação das contas inativas do FGTS. Esse impulso à demanda não se repetirá nos trimestres finais do ano.
Em paralelo, na comparação com 2016, o IBC-Br deixa claro o cenário de estagnação, ou seja, de variação praticamente nula da atividade. Esse desempenho contrasta com as expectativas para 2017 formadas há um ano. Segundo o Boletim Focus, também do Banco Central, em agosto do ano passado, o mercado projetava crescimento do PIB superior a 1% para 2017.
Adicionalmente, os dados da produção industrial deixam claro que o desempenho tem sido influenciado pelos bens duráveis de consumo, cuja alta chegou a 10% no acumulado do ano até junho. Já os bens de capital, apesar de também apresentarem desempenho positivo, registraram alta de menos de 3%. Ainda assim, a produção desses segmentos encontra-se 8,9% e 5,6% abaixo da média de 2015.
Em resumo, os indicadores de atividade confirmam que as esperanças na volta do crescimento acabaram por se transformar em mero alívio pelo fim da recessão, caracterizada pela estabilização da atividade econômica em um patamar equivalente à média de 2016, ou seja, em níveis historicamente bastante reduzidos.
Acesse o relatório completo aqui.

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