Construcarta Conjuntura: inflação permanece em níveis baixos

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Conjuntura: inflação permanece em níveis baixos

O IPCA de abril registrou alta de 0,22%. No mês anterior, essa variação havia sido de 0,09% e, em abril de 2017, de 0,14%. Com isso, a inflação acumulada nos últimos doze meses permaneceu em níveis bastantes baixos: 2,76%. O gráfico a seguir mostra a evolução do IPCA nessa base de comparação.
O gráfico mostra que a inflação tem se mantido abaixo da meta do Banco Central (4,5%) desde meados de 2017. A lenta retomada dos níveis de emprego, renda e consumo ajudam a explicar a dinâmica dos preços. Considerando o primeiro trimestre do ano corrente, o volume de vendas no varejo registrou alta de 0,5% na comparação dessazonalizada com o último trimestre de 2017. Na comparação com igual período do ano anterior, essa alta chega a 2%.
É consensual que o ritmo lento da recuperação econômica que vem ocorrendo desde o ano passado é um dos elementos responsáveis pelo bom comportamento da inflação. Esse ritmo mais fraco tem, inclusive, contribuído para a correção para baixo das expectativas de crescimento para o ano de 2018. Há quatro semanas, essa expectativa, segundo o Boletim Focus do Banco Central, era de 2,8%. Mas, em 4 de maio, já havia caído para 2,7%.
Segundo estimativas do IPEA, o hiato do PIB brasileiro – essencialmente, a diferença entre os níveis de operação do setor produtivo e seu potencial total de oferta – encerrou o ano de 2017 em 4,4%. Isso decorre, dentre outros fatores, do baixo nível de utilização dos fatores de produção, como força de trabalho e capacidade produtiva industrial. Ainda segundo o IPEA, ainda que o PIB registre crescimento próximo de 3% em 2018, esse hiato ainda não será fechado. E esse efeito seria ainda maior, claro, caso o crescimento no ano se situe em patamares ainda mais baixos.
Em resumo, as baixas taxas de inflação ainda são uma evidência da gravidade do período de crise entre 2013 e 2016 e da fragilidade da recuperação que se seguiu. Como reflexo, vive-se também com os níveis mais baixos de taxas de juros da história, sempre à espera da consolidação da trajetória de crescimento.
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