ConstruCarta Conjuntura: PIB cresce 0,2% no segundo trimestre

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

ConstruCarta Conjuntura: PIB cresce 0,2% no segundo trimestre

O PIB brasileiro teve o segundo trimestre consecutivo de alta. Na comparação dessazonalizada com o período anterior, houve crescimento de 0,2% no segundo trimestre. Esse resultado veio em linha com a prévia expressa pelo IBC-Br, cuja variação na mesma base de comparação havia sido de 0,25%.
Nessa comparação com o trimestre anterior, dentre os três grandes setores da economia, o destaque ficou por conta dos serviços, com alta 0,6%. Já a agropecuária, que havia liderado o crescimento no primeiro trimestre, não registrou variação. Por sua vez, o PIB industrial recuou 0,5%. A queda da atividade industrial foi fortemente influenciada pela produção de energia elétrica (-1,3%) e pela construção civil (-2%). Por seu turno, o PIB da indústria de transformação manteve-se praticamente estável (0,1%). Já os serviços avançaram sobretudo graças ao bom desempenho do comércio (1,9%).
Dentre os componentes de demanda, a alta do PIB foi puxada pelo consumo das famílias (1,4%). A alta do consumo ocorreu após nove trimestre seguidos de queda na série com ajuste sazonal. Outro fator com influência positiva foi o comércio exterior. Enquanto as exportações avançaram 0,5%, as importações registraram queda de 3,5% frente ao primeiro trimestre. No extremo oposto, tiveram queda o consumo do governo (-0,9%) e a formação bruta de capital (-0,7%), componente que contém toda a atividade da construção, bem como a produção de máquinas e equipamentos.
A nova queda na formação de capital reduziu ainda mais a taxa de investimento, que fechou o segundo trimestre em 15,5%. No mesmo período de 2016, esse indicador era de 16,7%.
Com esses resultados, o PIB acumulado no ano deixou o campo negativo, tendo atingido variação zero até junho. No acumulado em quatro trimestres, porém, a taxa ainda é negativa: -1,4%. Ainda assim, esse resultado é melhor do que o acumulado nos quatro trimestres anteriores, encerrados em março: -2,3%.
Os resultados do segundo trimestre revelam um padrão coerente com o fim do ciclo recessivo. No entanto, vale observar que a recuperação se mostra duplamente frágil. De um lado, segmentos relevantes como a indústria de transformação e a construção civil estão em ritmo lento ou em queda continuada. Ao mesmo tempo, o contraste entre a retomada do consumo das famílias e a nova queda na formação de capital sugerem que a melhora do clima econômica se restringe ao curto prazo, influenciada pela queda dos juros e pela expansão do crédito.
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