Construcarta Conjuntura: PIB do primeiro trimestre confirma ritmo lento de recuperação

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Conjuntura: PIB do primeiro trimestre confirma ritmo lento de recuperação

Dados do IBGE divulgados no último dia 30 revelam que o PIB teve alta de 0,4% no primeiro trimestre frente ao período anterior, já livre de influências sazonais. Esse foi o quinto resultado positivo nessa base de comparação. Indústria e serviços registraram avanço de 0,1%, enquanto a agropecuária voltou a se destacar, com crescimento de 1,4%. Frente a igual período de 2017, a alta do PIB foi de 1,2%. Com isso, o crescimento acumulado nos quatro trimestres encerrados em março chegou a 1,3%.
Sob qualquer ótica comparativa, esses números confirmam duas percepções: primeiro, que a economia brasileira realmente deixou para trás a recessão, sem perspectivas de novas quedas no nível de atividade agregado; segundo, que o ritmo de crescimento está se mantendo bastante lento. Se anualizada, a taxa de crescimento do primeiro trimestre equivaleria a um crescimento anual de apenas 1,6%. Mantido o atual ritmo de crescimento, o PIB só voltaria aos níveis médios de 2013-14 no início de 2021 (ver Gráfico).
Voltando à série trimestral dessazonalizada sob a ótica dos componentes da demanda, merece destaque o comportamento da formação bruta de capital, cujo crescimento de 0,6% ficou acima do registrado no consumo das famílias (0,5%). O consumo do governo, por sua vez, recuou 0,4%. Influenciados pela alta do dólar, ambos os componentes de comércio exterior apresentaram alta: 1,3% no caso das exportações e 2,5% no caso das importações.
Na mesma base de comparação, a indústria manufatureira apresentou queda de 0,4%, enquanto a extrativa mineral avançou 0,6%. O mau desempenho da manufatura confirma o ritmo lento da recuperação, dada a importância desse segmento em termos de seu encadeamento com os demais setores da economia.
O avanço da formação de capital resultou na elevação da taxa de investimento que chegou a 16% do PIB contra 15,5% em igual período do ano anterior. No entanto, esse comportamento foi concentrado no segmento de máquinas e equipamentos, dados que, na série trimestral dessazonalizada, o PIB da construção registrou recuo de 0,6%.
A queda da construção veio depois de dois trimestres de crescimento consecutivos – de 0,2% e 0,1%, nessa ordem. O que mostra que a retomada dos investimentos não está consolidada.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, o PIB da construção registrou queda de 2,2%, passando a acumular em quatro trimestre retração de 3,9%.
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