Construcarta Nível de Atividades: A revisão do PIB

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: A revisão do PIB

A confiança dos empresários da construção registrou melhora em setembro, segundo a Sondagem da Construção da FGV. O ICST subiu 0,9 ponto na comparação com agosto, já feito o ajuste sazonal. Dessa vez, os dois componentes – Índice de Situação Atual (ISA) e Índice de Expectativas (IE) – subiram.
Apesar da alta no mês, desde os acontecimentos de maio, as expectativas empresariais têm oscilado, sem conseguir recuperar o patamar anterior à greve dos caminhoneiros, sinalizando que as incertezas continuam afetando o ânimo dos empresários da construção.
Por outro lado, a percepção em relação aos negócios no momento corrente mantém sua trajetória ascendente. O ISA registra alta há quatros meses consecutivos. Desde o final do ano passado, alguns indicadores passaram a sinalizar melhora da atividade. A confiança dos empresários da construção atingiu em janeiro o melhor patamar desde 2015. A melhora do mercado imobiliário e o crescimento dos investimentos de infraestrutura deveriam contribuir para um desempenho positivo do setor em 2018, encerrando o ciclo anterior de retração. No entanto, o ambiente doméstico foi envolto novamente por uma crise que fez crescer as incertezas em relação à recuperação, reduzindo a confiança: o ICST de setembro é menor que o de janeiro.
Desde maio, as projeções de crescimento para o PIB têm sido revistas continuamente para baixo e, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central, apontam crescimento de 1,39%. Vale lembrar que em janeiro, a maioria dos analistas esperava uma alta de cerca de 2,5% para o PIB em 2018.
O ritmo mais lento da retomada e o cenário político minaram as decisões de investimento. De acordo com a Sondagem de Investimento da FGV realizada em agosto/setembro houve um aumento da incerteza em relação à decisão de investir nos próximos 12 meses.
Assim, a melhora da atividade setorial está ocorrendo por conta de decisões já tomadas no ano passado. O mercado imobiliário tem comandado esse movimento, que de acordo com as últimas pesquisas setoriais – Secovi-SP, Abrainc – está sendo liderado pelo segmento de imóveis voltados para a baixa renda.
A Sondagem da Construção mostra que o segmento de Edificações registrou a maior alta do ISA nos últimos 12 meses.
Esse desempenho mais favorável também está se refletindo no mercado de trabalho, que registra entre dezembro de 2017 e julho de 2018 um saldo positivo de contratações de 57 mil trabalhadores. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa acumulada se mantém negativa (- 2,5%).
A despeito dessa evolução mais favorável, a projeção para o PIB foi revista para baixo – passou de um crescimento de 0,5% para uma queda de 0,6%. A revisão deve-se ao ritmo muito lento de melhora, insuficiente para levar a atividade acima do patamar do ano passado.
No entanto, se as expectativas deixaram de melhorar, quais as condições de continuidade desse movimento? Essa questão ainda está para ser respondida.
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