Construcarta Nível de Atividades: Custos da construção desaceleram em 2017

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: Custos da construção desaceleram em 2017

O último Boletim Focus do Banco Central mostrou que as expectativas de inflação para 2017 estão abaixo do piso da meta, de 3%. Uma super safra agrícola e a demanda enfraquecida foram os fatores determinantes que permitiram o IPCA, que em 2015 chegou a atingir 10,67%, alcançasse variação no ano até novembro de 2,8%.
Um dos componentes dessa demanda que mais tem contribuído para segurar a atividade é o investimento. A construção civil, que representa mais da metade da taxa de investimento do país, deverá encerrar o ano com retração prevista de 6,4%, o que significará uma queda de 21% em quatro anos e o encerramento de cerca de 1,2 milhão de empregos com carteira.
Portanto, é de se esperar que os custos de construção também reflitam essa conjuntura bastante deprimida.
De fato, os custos setoriais têm subido em ritmo menor. O INCC-M, que em 2013 registrou variação de 8,05%, acumula em 12 meses até novembro de 2017, 4,26%.
A cesta de mão de obra, que representa 55% dos custos, registra alta de 5,48% na mesma comparação, o que configura a taxa mais baixa desde agosto de 2007. Em novembro de 2016, o aumento da mão de obra no mesmo período estava em 9,01%.
A grande contração da atividade tem reduzido a procura por trabalhadores qualificados, aliviando a pressão sobre os acordos salariais. De acordo com a sondagem da Construção da FGV, até 2013, a falta de mão obra qualificada representava o principal item de dificuldade para a melhoria dos negócios. Atualmente, esse não é mais um item de preocupação, posição assumida pela falta de demanda.
A menor procura por trabalhador e a inflação reduzida se refletiram nos acordos salariais ao longo do ano. A desaceleração não foi maior, porque os pisos das categorias salariais de menor qualificação estão muito atrelados à política de reajuste do salário mínimo, que subiu 6,48% no início de 2017. De todo modo, o gráfico a seguir permite notar que houve uma forte desaceleração no ritmo de aumento da mão de obra.
O componente Serviços, com participação de 9,5% no INCC-M, apresenta aumento em 12 meses de 3,17%. Em 2016, o aumento foi de 3,96% no mesmo período.
Por sua vez, a cesta de Materiais e Equipamentos apresenta alta em 12 meses de 2,71%. Apesar de ser a menor taxa entre os componentes do INCC-M, é o único que registra aceleração na comparação com 2016, quando a variação estava em 2,53%. A mudança de tendência ocorreu nos últimos três meses. Em agosto, a taxa em 12 meses alcançou 1,11%, a menor desde abril de 2010.
Em grande medida, essa alta deveu-se aos aumentos do vergalhão, que em três acumulou elevação de 6%. Já o cimento tem deflação de 6,35% em 12 meses até novembro e foi o item que mais contribuiu para segurar a alta da cesta de materiais.
Acesse o relatório completo aqui.

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