Construcarta Nível de Atividades: Expectativas voltam a melhorar (pouco)

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: Expectativas voltam a melhorar (pouco)

Os impactos da greve dos caminhoneiros foram capturados pelas pesquisas e já se refletiram nos indicadores de maio. A produção industrial registrou queda de 10,9% na comparação com abril e o volume de vendas do comércio varejista ampliado registrou a primeira queda no ano, com a retração de 4,9% – também em relação ao mês anterior, já feitos os ajustes sazonais.
Na indústria da construção, os números foram igualmente dramáticos: a produção de materiais registrou redução de 9% em relação a maio de 2017, fazendo com que a taxa acumulada no ano caísse de 2,5% para 0,5%. A produção de cimento diminuiu 19,5% nessa mesma comparação com maio de 2017.
É possível que os indicadores de junho ainda acusem, em alguma medida, os resultados das dificuldades do setor produtivo. Por outro lado, provavelmente a partir de julho, os indicadores deverão reagir de forma positiva face a base de comparação mais baixa.
No entanto, a alta irá representar apenas uma correção parcial da queda abrupta decorrente da paralisação de atividades pelo país. Ainda antes da greve, projeções começaram a ser revistas para baixo, refletindo o ritmo lento do crescimento. No Boletim Macro de julho, a FGV IBRE reviu a projeção de crescimento do PIB de 2018, de 1,9% para 1,7%.
Para a construção, a projeção se manteve em 0,5%, o que confirma o fim do ciclo recessivo, mas representa também uma retomada muito lenta.
O Índice de Confiança da Construção da FGV (ICST) vem mostrando essa dinâmica de lenta recuperação. Em julho, o indicador cresceu 1,7 pontos depois de cair 3,1 em junho, ambos na comparação dessazonalizada com o mês anterior. Ou seja, houve uma recuperação apenas parcial do tombo registrado em junho.
Os dois componentes do ICST tiveram alta em julho na comparação com junho, feitos os ajustes sazonais. O Indicador de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos e o Indicador da Situação Atual (ISA), 0,6 ponto. Com essa alta, o IE não recuperou a queda de 6,5 pontos registrada em junho, a pior da série histórica da Sondagem da Construção iniciada em julho de 2010. Ou seja, nem tudo se deveu à greve. Possivelmente o evento de maio contribuiu para uma tomada de consciência a respeito da fragilidade do movimento de recuperação.
De todo modo, é importante notar que, mesmo devagar, a atividade segue melhorando.
A piora das expectativas atingiu também o ímpeto de contratação empresarial para os próximos meses: o indicador caiu pelo segundo mês consecutivo. Vale notar que em 2018 até maio, a pesquisa de emprego continua mostrando um saldo negativo na comparação com o mesmo período de 2017. No entanto as taxas não são mais de dois dígitos. Depois de queda 12,4% no ano passado, o número de empregados na construção deve diminuir 2,3% em 2018.
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