Construcarta Nível de Atividades: O mercado imobiliário respira

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: O mercado imobiliário respira

No último trimestre do ano, os lançamentos na cidade de São Paulo cresceram mais de 90% na comparação com o último trimestre de 2016. No ano, o crescimento foi de 48%. Confirmando a dinâmica favorável do mercado do último trimestre, as vendas dobraram, impulsionando o desempenho do ano, que fechou com alta de 46%. O resultado das vendas na cidade no ano passado superou também o de 2015 e o de 2014.
Esse desempenho excepcional adveio dos segmentos de imóveis de 1 e 2 dormitórios, que representaram 81% das vendas de 2017 na cidade de São Paulo.
O crescimento do mercado no último trimestre ocorreu também nas demais cidades da região Metropolitana. Na comparação com o último trimestre de 2016, lançamentos e vendas aumentaram 38% e 66%, respectivamente. No entanto, nessas cidades, esse crescimento não conseguiu recuperar o fraco movimento dos outros meses e o desempenho no ano foi negativo, com queda de 19% nos lançamentos e de 13% nas vendas.
A pesquisa da CBIC, que abrange 23 regiões do país, mostra que a melhora não está totalmente disseminada. A pesquisa consolidada aponta alta das vendas e lançamentos, de 9,4% e 5,2% respectivamente, mas das 23 áreas que compõem a pesquisa, em 9 delas ainda houve queda nas vendas.
A Sondagem da Construção da FGV mostrou que no ano passado, a confiança das empresas do segmento de edificações residenciais cresceu mais do que a média do setor. E nos dois primeiros meses de 2018, o empresário do segmento seguiu mais otimista. O indicador que capta as expectativas de curto prazo retomou o patamar de março de 2014. Embora em ritmo mais lento, o indicador que capta a percepção em relação a situação corrente dos negócios seguiu avançando.
Vale notar que a pesquisa de emprego com carteira mostrou que nos últimos meses de 2017, as empresas diminuíram o ritmo de demissão e o segmento de Engenharia e Arquitetura foi o único a terminar o ano com de crescimento (+1,2%) na comparação interanual.
É importante observar que o desempenho do mercado imobiliário em 2017 ainda ficou muito distante do melhor momento registrado em 2013. A confiança também não retomou ao patamar que indica otimismo com o cenário setorial. Claramente a melhora está amparada nos segmentos dependentes do Programa Minha Casa Minha Vida, o que a torna fortemente relacionada à concessão de crédito pela Caixa Econômica Federal.
Enfim, houve, de fato, uma melhora importante no cenário imobiliário no ano passado e que deverá representar o início de novas obras, com repercussão no emprego em 2018. Mas a consolidação de um cenário de crescimento para o mercado como um todo estará fortemente condicionada à oferta e às condições do crédito fora do âmbito dos recursos do FGTS.
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