Construcarta Preços: Inflação segue em forte ritmo de baixa

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Preços: Inflação segue em forte ritmo de baixa

O IPCA, índice oficial do regime de metas para a inflação, atingiu em maio o menor nível no acumulado em doze meses desde maio de 2007. Em maio, o indicador acusou alta de 0,31%. Em abril, essa alta havia sido de 0,14% e em igual mês de 2016, 0,78%.
Com esse resultado, o IPCA ficou ainda mais abaixo do centro da meta do Banco Central, fixada em 4,5%. Tecnicamente, esse comportamento do índice oficial mantém as condições necessárias para a continuidade da queda na taxa Selic, fator essencial para amenizar o clima recessivo, recentemente revertido com a alta de 1% na série do PIB trimestral.
O comportamento da inflação nos meses recentes deve ser confrontado com o conteúdo dos documentos oficiais do Banco Central relativos às decisões do Conselho de Política Monetária (Copom). A reunião mais recente do comitê ocorreu entre os dias 30 e 31 de maio, antes, portanto, da divulgação da inflação do mês.
A ata da reunião destaca, dentre outros, dois fatores de natureza econômica: o clima externo relativamente favorável e a persistência do baixo nível de atividade no mercado doméstico. Como consequência, a taxa de câmbio tem permanecido estável, apesar do ajuste recente e a demanda muito contida explica a baixa inflacionária.
Como regra, essas são as duas frentes mais relevantes que pautam as decisões da Autoridade Monetária na gestão da taxa de juros: estabilidade de preços e da taxa de câmbio de curto prazo.
A despeito disso, a leitura do documento sugere que o Bacen poderá desacelerar o ritmo de corte da taxa de juros básica nas próximas reuniões. A palavra “incerteza”, relacionada ao contexto político, é mencionada 17 vezes. O argumento é que esse clima político poderia ter impacto negativo sobre o processo inflacionário. Daí o tom geral de cautela.
O resultado de maio para o IPCA deixa explícito que, no cômputo de todos os fatores críticos que pesam sobre as decisões do Copom, a baixa da inflação ganhou ainda mais peso no sentido de justificar cortes mais intensos da Selic.

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