Estudo mostra que há 8,2 mil obras paradas nos municípios

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

Estudo mostra que há 8,2 mil obras paradas nos municípios

Mais de 8,2 mil obras foram iniciadas e hoje estão paralisadas em Municípios de todo o país. Outras 11,2 mil deveriam estar em andamento, mas não foram sequer iniciadas. Os dados integram estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), apresentado pelo presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.
Dos quase R$ 32 bilhões que os municípios têm direito a receber em 2017, conforme previsão do orçamento da União, menos de 25%, um total de apenas R$ 7,3 bilhões foram pagos até o momento. A entidade aponta que, considerando-se que transcorreram praticamente ¾ do ano, essa parte da execução orçamentária está extremamente atrasada, especialmente ao se comparar com a execução orçamentária das emendas parlamentares individuais, onde cerca de 50% já foi executado.
Ziulkoski alertou que são milhares de obras espalhadas pelo país inteiro que impactam diretamente na vida população. Ele lamentou a situação e destacou que é urgente a necessidade de a sociedade estar atenta a esse problema, que muitas vezes traz impactos mais significativos do que grandes temas em destaque na mídia, como a Operação Lava-Jato. “Isso pra mim e uma das coisas mais serias do Brasil atualmente. A União promete recursos para investimentos, mas não está fazendo os pagamentos”, disse.
A preocupação, segundo ele, é que as obras estão relacionadas a diversas áreas, como, por exemplo, a construção de praças, quadras de esporte, espaços esportivos, recuperação e pavimentação de vias, construções de habitação popular e de unidades de atenção especializada em saúde, assim como a aquisição de máquinas agrícolas e veículos utilitários essenciais para o provimento de certos serviços à população.
Há ainda um outro risco que os gestores municipais estão correndo, além de poderem ver frustradas as expectativas de suas populações com relação a melhoria dos serviços públicos que essas obras poderiam oferecer, existe um grande risco de calote em 9.492 obras que já foram iniciadas e que ainda estão classificadas pela União como Restos a Pagar Não Processados, ou seja, cujos empenhos poderão ser cancelados.
Veja aqui o estudo completo.

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