Lorenzoni promete ambiente favorável aos investimentos privados

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Casa Civil em janeiro, afirmou que o futuro governo será favorável aos investimentos privados. Ele falou aos membros do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 31 de outubro, em Brasília. O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, também vice-presidente da CBIC, participou do encontro.
Segundo Lorenzoni, o futuro governo vai “precisar de muita ajuda, não apenas do ponto de vista dos investimentos. Nos encontros setoriais que mantivemos, algumas pessoas disseram que queriam ajudar na campanha e Bolsonaro respondeu: ‘Não preciso de dinheiro, guardem, quando a gente arrumar o Brasil, invistam no Brasil’. Agora vai ter segurança jurídica, regras claras, um governo amigo, parceiro de quem quer empreender no Brasil, e agora é botar o Brasil para rodar, para ganhar dinheiro legitimamente, para gerar empregos e fazer a economia desse país alavancar”.
O deputado reconheceu que o governo enfrentará resistências, admitindo que mudanças são difíceis. “Agora vocês vão ver, esse país vai se transformar num país de proprietários, através da regularização urbana e rural; não tem mais direito de posse, é propriedade mesmo; não tem mais direito real de uso, é escritura mesmo; não tem mais manter as pessoas dependentes do governo. A independência, a propriedade, a liberdade são fundamentos essenciais do Estado Democrático de Direito e são a base de uma sociedade”, disse.
“O compromisso de Bolsonaro é o governo dar um passo atrás, para que a sociedade brasileira e os brasileiros deem muitos passos à frente. Por isso, estamos quebrando cabeça para ter 14, 15, 16 ministérios, vai haver concentração sim, mas para ter eficácia, eficiência. Ninguém administra um grupo diretivo de 40 ministros, isso é para inglês ver. O presidente eleito prefere isso, mesmo que [os ministérios] sejam grandes e precisem se desdobrar em secretarias, mas permite que [o futuro governo] não se distancie da linha norteadora, que é ser simplificador, facilitador, recuar, tirar o governo federal do pescoço da gente, fundamental para fazer o que o Brasil precisa”, prosseguiu.
“Nosso plano de governo, que muita gente disse que era superficial, é profundo. O conceito vai nortear. Temos ideias claras para onde levar o Brasil. Dentro da lei, com a Constituição, sem nenhum risco ao processo democrático.”
Segundo Lorenzoni, “temos a chance rara de refundar o Brasil, nos princípios e valores que norteiam a relação público-privada, na questão macroeconômica e com fundamentos que podem persistir pelos próximos 30 ou 40 anos. O grupo que chega ao poder tem uma única missão: inscrever seu nome na história do Brasil para o bem”, concluiu.
Foto: Guilherme Kardel