Obras paralisadas totalizam 2.976 no país

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Obras paralisadas totalizam 2.976 no país

Além de investir pouco em infraestrutura – apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) –, o Brasil joga no ralo um volume significativo dos recursos aportados no setor, em razão do excesso de obras que são interrompidas antes da entrega. As paralisações consomem recursos sem gerar benefícios para a sociedade e são, em geral, consequência de falhas na forma como o setor público executa seus projetos.
Estas são as conclusões do estudo Grandes Obras Paradas: Como Enfrentar o Problema, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O trabalho integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a entidade entregará aos candidatos à Presidência da República.
De acordo com números obtidos pela CNI junto ao Ministério do Planejamento, 2.796 obras estão paralisadas no Brasil, sendo 517 (18,5%) do segmento de infraestrutura. A área de saneamento básico lidera o ranking, com 447 empreendimentos interrompidos durante a fase de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16), mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5). As obras paradas de infraestrutura já custaram R$ 10,7 bilhões e não trouxeram retorno para a sociedade.
O estudo aponta que, entre as principais razões para a interrupção de obras, estão problemas técnicos, abandono pelas empresas e dificuldades orçamentárias/financeiras.
A CNI recomenda seis medidas para que o país evite paralisações e atrasos: melhorar o macroplanejamento; avaliar qual modalidade de execução é a mais adequada; realizar microplanejamento eficiente; aparelhar melhor as equipes; desenhar contratos mais equilibrados; e fortalecer o controle interno.
Além da crise econômica e fiscal, outro obstáculo ao desenvolvimento da infraestrutura é a dificuldade de interação entre os gestores públicos, responsáveis por fazer os projetos virarem realidade, e os órgãos de controle, destaca o estudo da CNI.
*Com informações da CNI

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