Opinião: Construção deve voltar a crescer

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Opinião: Construção deve voltar a crescer

O PIB da construção deverá fechar 2018 com queda de 2,4%, caso o PIB nacional cresça 1,4%. Considerando que o indicador da construção já havia acumulado queda de 25,8% nos quatro anos anteriores, o percentual do ano passado indica arrefecimento do ritmo desta redução.

Para 2019, as perspectivas são mais animadoras. Se o novo governo obtiver êxito na aprovação da Reforma da Previdência e de outras medidas rumo ao reequilíbrio das finanças públicas, estima-se que o PIB nacional cresça 2,5%. Com isso, o PIB da construção voltará a se elevar pela primeira vez em cinco anos, em 1,3%.

Estas projeções, feitas pela FGV a pedido do SindusCon-SP, mostram uma recuperação da indústria da construção mais concentrada no segundo semestre de 2019, com perspectivas ainda melhores para 2020.

Os fatores positivos em 2019 em favor do crescimento econômico são a manutenção da inflação dentro da meta, uma baixa taxa de juros real, o fato de as empresas estarem com capacidade ociosa, o efeito “lua de mel” que marca os primeiros meses de um novo governo e a elevação das expectativas.

Daí ser tão relevante que o novo governo reduza as incertezas sobre sua capacidade de aprovação das reformas, consiga equacionar a crítica situação fiscal da União e não tome atitudes equivocadas na política externa, neste momento que sinaliza desaceleração do crescimento econômico mundial.

Será imprescindível o governo manter integralmente o apoio ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Isto significa não abrir novas brechas na destinação dos recursos do Fundo de Garantia a finalidades estranhas ao financiamento da habitação, saneamento e transporte urbano, como foi o caso dos empréstimos do Fundo aos hospitais filantrópicos.

Há também expectativa de que o governo impulsione a ampliação da infraestrutura por meio de novas rodadas de concessões, o que resultará em mais obras e empregos na indústria da construção. As chances de estes prognósticos se confirmarem são grandes e contam com a torcida da indústria da construção.

*Conteúdo publicado originalmente na edição de 06 de janeiro da Folha de São Paulo.

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