Programa Mais Produtividade apresenta resultados para o serviço de concretagem

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

Programa Mais Produtividade apresenta resultados para o serviço de concretagem

Ao longo de 2018, o SindusCon-SP em parceria com a Produtime lançou e desenvolveu o Programa Mais Produtividade com o importante apoio da Arcelormittal, Engemix e Supermix.
Por meio de diagnósticos de produtividade na execução de estruturas de concreto de edifícios em São Paulo, o objetivo final é melhorar a produtividade e eficiência na construção civil.
Um sumário dos resultados obtidos até o momento quanto à eficiência no serviço de concretagem, para o caso de andares tipo de edifícios, será apresentado no Workshop Técnico: Apresentação do resultado geral do Programa Mais Produtividade na Execução de Estruturas, dia 4 de dezembro, na sede do SindusCon-SP em São Paulo.
Com o apoio da Votorantim Cimentos e da Caixa Econômica Federal, este evento servirá para um debate quanto a caminhos para a sua melhoria, focando os serviços de armação, concretagem e fôrmas. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas.
Produtividade no serviço de concretagem
Assim como na armação, a produtividade na concretagem pode ser avaliada por meio da Razão Unitária de Produção (RUP), indicador que compara o esforço em homens-hora com a produção em metros cúbicos concretados.
Tal indicador, no entanto, pode ser decomposto como mostrado na figura 1, podendo-se perceber que a busca de RUP mais baixas (melhor produtividade) pode ser feita tanto em termos da redução da equipe demandada para uma concretagem, quanto através do aumento da velocidade de execução da mesma.
Figura 1 - Mais Produtividade

Figura 1 – a RUP de concretagem decomposta

Dentro deste contexto, a redução do tempo de concretagem tem sido uma meta perseguida tanto pelos fornecedores de concreto quanto pelos construtores. Segundo o coordenador da Produtime, Ubiraci Espinelli Lemes de Souza a duração total de uma concretagem é dada pela soma dos tempos de descarregamento dos vários caminhões de concreto recebidos, “mas também dos intervalos entre tais descarregamentos (que podem ser maiores ou menores em função de eventuais atrasos ou do tempo despendido para se fazer o posicionamento do caminhão chegando à obra) e dos tempos perdidos no início e no final da concretagem”.
Como pode ser visto na figura 2, a velocidade de concretagem como um todo chega a ser 50% daquela que ocorre durante o período de descarregamento do caminhão betoneira. O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, Jorge Batlouni, ressalta “a importância de uma boa interação construtora-concreteira para que estes tempos sejam minimizados”.
 
Figura 2 - Mais Produtividade

Figura 2 – comparação da velocidade resultante geral com aquela durante o descarregamento do caminhão-betoneira.

Também coordenador da Produtime, Felipe Morasco reforça a importância discussão quanto ao horário de início e término das concretagens, “visando otimizar o uso de recursos para as duas partes” (mão-de-obra e prazo para os construtores; uso dos caminhões para os fornecedores de concreto).
Figura 4 - Mais Produtividade.jpg

Figura 3 – Horários de início e término de concretagens de vigas e lajes.

Para o diretor de Operações da Supermix, Alessandro Veríssimo de Souza, o principal desafio em relação ao serviço de concretagem é buscar uma confiança mútua entre a construtora e a concreteira, com envolvimento de ambas as partes “para que a programação das concretagens não seja concentrada no início da manhã. E, quando pela manhã, fiquem liberadas no dia anterior para iniciarem no horário programado.
Para Souza, há uma série de mudanças que podem contribuir para o aumento da produtividade nas obras. Entre elas:
1) reunião em início de obra, onde se discutem programações com antecedência, acessos a obra, horários de restrição, confirmação de programação dia anterior etc;
2) obras liberadas para início da descarga no primeiro horário da manhã (entre 7h e 7h30), ou seja, bomba de concreto instalada as 7h e caminhão betoneira encostando em seguida aproveitando ainda o melhor fluxo do trânsito;
3) analisar em conjunto os dados de tempo das concretagens estabelecendo metas de produtividade com melhoria contínua;
4) promover e operacionalizar a modalidade de cobrança de bombas de concreto por hora ou período, objetivando a melhoria da produtividade e redução de custos nas obras;
5) apresentação dos benefícios da argamassa estabilizada para melhoria de produtividade nas obras, além do custo-benefício e praticidades de estocagem e aplicação.
O engenheiro da Engemix, Renato Vitti de Souza, acrescenta que a concreteira pode contribuir também na análise da logística de canteiro e com treinamento do Mestre de Obra. “Podemos auxiliar as construtoras a desenvolver uma correta programação, aumentando a produtividade dos canteiros.”
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