PIB da construção cresce no terceiro trimestre, mas mantém queda no acumulado do ano

O Produto Interno Bruto (PIB) da Construção cresceu 0,7% no terceiro trimestre de 2018, em comparação com o segundo trimestre. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2017, houve queda, de 0,1%. E no acumulado do ano de 2018, também houve redução: -2,6%.
Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, os resultados do PIB da Construção divulgados em 30 de novembro pelo IBGE refletem a redução da atividade do setor devida à retração dos investimentos pelo quarto ano consecutivo. “A Construção sofreu mais uma vez com a falta de segurança em relação aos rumos da economia, a paralisação no avanço das reformas decorrente da crise política e a incerteza reinante no período eleitoral”, analisa.
Entretanto, segundo José Romeu as perspectivas para 2019 são melhores para o segmento imobiliário. Segundo o IBGE, o PIB das Atividades Imobiliárias cresceu 1% no terceiro trimestre, comparado ao segundo. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,2%. E no acumulado do ano de 2018, houve aumento de 3%. “O aumento de lançamentos de empreendimentos imobiliários se traduzirá em mais obras na construção em 2019”, afirma Romeu Ferraz.
Outro dado positivo foi o desempenho da Formação Bruta de Capital Fixo, destaca o presidente do SindusCon-SP. Este indicador cresceu 7,8% no terceiro trimestre de 2018. Segundo o IBGE, o aumento foi motivado principalmente pela incorporação de bens destinados à indústria de óleo e gás decorrente de modificações no regime Repetro. Com isso, a Taxa de Investimentos elevou-se, situando em 16,9% do PIB no terceiro trimestre.
“A expectativa é de que esta taxa siga se elevando, por estar ainda em um patamar muito reduzido”, comenta Romeu Ferraz. “A equipe econômica do governo eleito sinaliza tempos favoráveis ao investimento, o que certamente voltará a elevar a atividade da construção.”