Setor da construção deve reagir em 2018

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Setor da construção deve reagir em 2018

O SindusCon-SP estima um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção brasileira para 2018, conforme dados divulgados em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (30). A regional Campinas, que atende 79 cidades do interior de São Paulo, representa 11% da construção do estado de São Paulo e fechou outubro com 74.459 postos de trabalhos com carteira assinada.
Apesar da boa notícia, o setor deverá fechar 2017 com queda de 6,4%. A estimativa significa uma mudança de panorama em relação ao início do ano, quando o cenário apontava elevação de 0,5% no PIB da construção.
Marcio Benvenutti_2“É notável que a construção civil teve um ano difícil e sentimos isso tanto na quantidade de obras quanto na redução das vagas de emprego. Ainda assim, temos uma projeção positiva para 2018 mas, sobretudo, uma projeção realista”, explica o diretor da regional do SindusCon-SP em Campinas, Marcio Benvenutti.
Para atingir essa alta de 2%, o cenário base considera um PIB Brasil de 2,5%, segundo dados da FGV em parceria com o SindusCon-SP. As perspectivas para 2018 contemplam o aumento no número de empregos e na confiança do empresário da construção; melhorias no mercado imobiliário, no tocante à lançamentos, vendas e distratos (quando uma venda é concretizada e cancelada em seguida); aumento nas contratações de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV), realizadas nos últimos meses de 2017 com reflexo em 2018.
Benvenutti também destacou as ameaças para o setor, no próximo ano: “Nos últimos três anos a construção perdeu cerca de 1,1 milhão de trabalhadores e essa recuperação requer cautela e estabilidade. As incertezas políticas, o quadro fiscal preocupante e a dificuldade do governo em promover reformas em ano eleitoral são ameaças diretas a possibilidade de retomada da construção em 2018”.
Em levantamento realizado pelo SindusCon-SP com cerca de 700 empresas do setor no Brasil, chamado de Sondagem da Construção, a expectativa de melhora no setor para o empresário em novembro atingiu 89,4%. Na sondagem de novembro de 2016, essa confiança era de apenas 37,2%. “A confiança é essencial para o empresário decidir investir. Entre 2016 e 2017, o governo deixou de investir em pastas essenciais e isso afeta o setor. No Ministério das Cidades a queda foi de 50% nos investimentos”, analisa o diretor da regional Campinas.
Emprego RMC em outubro
Seguindo a tendência de queda ao final do ano, a construção na região de Campinas teve queda em sete das oito cidades pesquisadas pelo SindusCon-SP. Apenas Valinhos obteve saldo positivo em outubro, período a que se refere a pesquisa.
Emprego em Campinas
Em comparação com setembro deste ano, Campinas registrou queda de 67 vagas formais na construção e fechou o mês de outubro com estoque de 18.958 vagas de trabalho e um acumulado (janeiro a outubro) de 3,03%.
Em Americana, a queda foi de 25 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 4.077 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) foi de -0,12%.
Em Indaiatuba, a queda foi de 112 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 4.991 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) foi de -16,95%.
Em Limeira, a queda foi de 56 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 3.953 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -13,21%.
Em Paulínia, a queda foi de 73 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 1.292 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -8,55%.
Em Piracicaba, a queda foi de 40 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 5.924 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -12,37%.
Em Rio Claro, a queda foi de 10 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 2.720 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -7,15%.
Em Valinhos, houve geração de 31 vagas formais e o mês de outubro fechou com estoque de 1.294 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de 3,91%.

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