SindusCon-SP: Construção civil encerra 2017 com menos 125 mil vagas

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

SindusCon-SP: Construção civil encerra 2017 com menos 125 mil vagas

O setor da construção fechou 2017 com menos 125 mil vagas, uma queda de 5,01% em relação a 2016. Somente em dezembro, o nível de emprego na construção caiu 2,43% (-59.128) na comparação com novembro.
Com o desempenho negativo no ano, o estoque de trabalhadores no setor ficou em 2,372 milhões em dezembro de 2017, mesmo patamar de 2009.
Desconsiderando efeitos sazonais*, dezembro registrou contratação de 9.980 trabalhadores (0,41%).
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Com esse resultado, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, constata que sobe para cerca de 1,3 milhão o número de postos de trabalho encerrados na construção brasileira, desde o início da crise, em 2014. “Para estimular a atividade da construção, o governo deveria tomar medidas como regulamentar distratos, aumentar o crédito, destravar projetos de infraestrutura e impulsionar a habitação popular e as concessões”, afirma.

Segmentação
Em 2017, os segmentos que mais apresentaram queda foram Imobiliário (-8,15%), Obras de acabamento (-7,23%) e Incorporação de imóveis (-5,37%). Em dezembro, na comparação com o mês anterior, as maiores quedas foram em Preparação de terrenos (-3,38%) e Infraestrutura (-3,41%).
A deterioração do mercado de trabalho em 2017 afetou todas as regiões do Brasil, sendo os piores resultados observados no Sudeste (-5,73%) e Norte (-5,56%).
No Sudeste, as maiores quedas no ano se concentraram no Rio de Janeiro (9,83%) e São Paulo (-6,26%). No mês, Espírito Santo e Minas Gerais tiveram os piores resultados, com -3,16% e 2,87%, respectivamente.
Na região Norte, houve aumento de 26,01% no volume de contratações em Roraima ao longo do ano. Na outra ponta, o Amapá teve queda de 10,50. Considerando apenas dezembro, todos os estados demitiram mais, com exceção de Roraima (0,30%).
No Nordeste, Sergipe teve queda de 10,92% no ano, seguido por Alagoas (-8,46%). Em dezembro, as maiores quedas ocorreram em Alagoas (-3,91%) e Rio Grande do Norte (-2,79%).
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul caiu 14,41% em 2017 – os demais estados registraram decréscimo moderado. No mês os piores resultados ficaram com Mato Grosso (-8,57%) e Goiás (-4,06%).
Por fim, os resultados anuais na região Sul foram todos negativos: Paraná (-5,31%), Rio Grande do Sul (-3,43%) e Santa Catarina (-1,02%). Considerando apenas dezembro, Santa Catarina teve baixa de 3,05%, seguido por Paraná (-2,85%) e Rio Grande do Sul (-2,25%).
Emprego por regiões BR - 12.2017Estado de São Paulo
A construção civil paulista caiu 6,26% em 2017 (-43.379), deixando o estoque em 649.481. Apenas em dezembro, 11.739 vagas foram fechadas na comparação com novembro, redução de 1,78%. Desconsiderando a sazonalidade**, houve alta de 0,74% (4.903.
Em 2017, o segmento Imobiliário foi o que mais caiu (-13,41%), seguido de Obras de acabamento (-12,95%). Em dezembro, em relação ao mês anterior, as maiores quedas foram em Infraestrutura (-2,67%) e Preparação de terreno (-2,33%).
Na capital, que responde por 43,09% do total de empregos no setor, a queda em 2017 foi 7,27%. Em dezembro o emprego na construção civil em São Paulo encolheu 1,83% (-5.219 vagas).
Emprego por regionais SP - 12.2017*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.

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