SindusCon-SP: Emprego na construção brasileira cresceu 0,17% em maio

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

SindusCon-SP: Emprego na construção brasileira cresceu 0,17% em maio

O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 0,17% em maio na comparação com abril. Com a contratação de 3.865 trabalhadores, o estoque foi de 2.329.666 para 2.333.531. Na comparação com maio de 2017, houve queda de 2,08% (-49.630).
Ao se desconsiderar os efeitos sazonais*, o emprego registrou -0,16% em maio na comparação com abril (-3.698).
Os dados são da pesquisa realizada pelo  SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
A ligeira elevação do emprego em maio não deve ser interpretada como uma retomada do crescimento da construção, comenta José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP. “Nos primeiros cinco meses deste ano ainda estamos com 77 mil empregos a menos, em comparação com o acumulado do mesmo período do ano passado, e com o mesmo contingente de trabalhadores de maio de 2009”, afirma.
Segmentação
Em maio, na comparação com abril, as maiores altas foram em Infraestrutura (0,80%), Engenharia e Arquitetura (0,67%) e Preparação de terreno (0,27%). Na outra ponta, houve redução em Obras de acabamento (-0,75%) e Incorporação de imóveis (-0,32%).
Na análise de 12 meses, houve queda em quase todos os segmentos, exceto Engenharia e Arquitetura (4,05%). As maiores baixas foram em Obras de acabamento (-4,09%), Imobiliário (-3,90%) e Incorporação de imóveis (-3,45%).
Por regiões
Na estratificação por regiões, os resultados de maio na comparação com o mês anterior mostram elevação do emprego nas regiões Norte (2,33%), Sul (0,07%), Nordeste (0,06%) e Sudeste (0,05%). A exceção foi o Centro-Oeste, com queda de -0,07% nas contratações.
No Sudeste as altas foram em Minas Gerais (1,55%) e Espírito Santo (0,19%). Registraram queda São Paulo (-0,50%) e Rio de Janeiro (-0,33%).
Na região Sul o emprego na construção cresceu apenas no Paraná (0,48%). Tiveram baixa Santa Catarina (-0,23%) e Rio Grande do Sul (-0,11%).
No Nordeste, apenas três estados tiveram alta nas contratações: Ceará (2,34%), Rio Grande do Norte (0,93%) e Sergipe (0,36%). O Maranhão na apresentou alteração no saldo no período. As maiores baixas foram em Pernambuco (-1,40%), Alagoas (-0,58%) e Paraíba (0,51%).
Na região Norte, as principais altas foram em Tocantins (7,66%), Pará (3,08%) e Rondônia (3,05%). Roraima e Amazonas tiveram baixas de 6,50% e 1,55%, respectivamente.
Única região a ter resultado negativo em maio em relação a abril, o Centro-Oeste registrou alta no Mato Grosso (2,21%), Mato Grosso do Sul (0,61%) e Distrito Federal (0,01%). Já Goiás reduziu seu estoque de trabalhadores em 1,42%.

Estado de São Paulo
Em maio houve queda de 0,50% no emprego em relação ao mês anterior (3.214). O estoque de trabalhadores foi de 648,7 mil em abril para 645,5 mil. Em 12 meses são menos 20.371 trabalhadores no setor (-3,06%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,27% (-1.751 vagas).
Na comparação com o mês anterior, quase todos os segmentos da construção apresentaram queda em seus resultados, sendo as piores em Obras de acabamento (-1,58%), Preparação de terreno (-1,01%) e Obras de instalação (-0,63%). A exceção foi Engenharia e Arquitetura com alta de 0,17%.
Na capital paulista, que responde por 43,45% do total de empregos no setor no estado, houve queda de 0,49% em maio em relação ao mês anterior (-1.370 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 3,43% (-9.953 vagas).
Entre as Regionais do SindusCon-SP as únicas altas foram em Bauru (1,13%) e Santo André (0,22%). As baixas mais acentuadas em Santos (-1,47%), Ribeirão Preto (-0,84%) e Campinas (-0,81%).

*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.

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