SindusCon-SP solicita suspensão de limite a caminhões de remoção de terra

Rafael Marko

Por Rafael Marko

SindusCon-SP solicita suspensão de limite a caminhões de remoção de terra

IMG_3763O SindusCon-SP solicitou ao secretário Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, João Octaviano de Machado Neto, a suspensão da limitação a 12 m³, da dimensão da caçamba dos caminhões que removem terra e entulho de obras. A suspensão se daria até a definição de um limite mais compatível com os caminhões em atividade, com caçambas de até 18m³.
A solicitação foi feita em audiência pelo presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em 24 de setembro, naquela Secretaria. Ele esteve acompanhado dos vice-presidentes Jorge Batlouni e Mauricio Bianchi, e dos gerentes Elcio Sigolo e Rosilene Carvalho.
O secretário prometeu estudar a questão e decidiu que a CET deverá realizar uma reunião de trabalho com o SindusCon-SP. Ele explicou que a Portaria, a entrar em vigor no início de outubro, é uma medida transitória até a publicação do Plano Diretor de Carga da cidade, que estabelecerá rotas e novos regramentos. Segundo Machado, as preocupações principais da Prefeitura são diminuir o número de caminhões que trafegam simultaneamente pelo município e a letalidade que provocam em condutores de motos.
Limite prejudicial
IMG_3802Em 3 de agosto, a Secretaria havia publicado a Portaria SMT nº 137. O artigo 33, § 4º, especifica que, para a efetivação da Autorização Especial de Trânsito para os caminhões que executam aquele serviço, deverá ser encaminhado como documento complementar o Comprovante de Vistoria de Caminhões emitido pela Companhia de Engenharia de Tráfego, certificando o limite de 12 metros cúbicos das dimensões da caçamba para veículos de dois eixos traseiros e os demais veículos e composições, conforme especificações técnicas da montadora.
“O limite de 12 m³ é extremamente prejudicial à atividade da construção e acabará impactando negativamente no trânsito e na atmosfera da cidade. Significa, na prática, uma redução de 33% na quantidade máxima de metros cúbicos que os caminhões poderão transportar, posto que estes atualmente têm capacidade para 18m3. Isso obrigará as construtoras a contratarem mais veículos do que atualmente, para a remoção de terra e entulho das obras civis”, manifestou ao secretário o presidente do SindusCon-SP. Ou seja, em vez de reduzir, este item da portaria aumentará o número de caminhões em circulação.
IMG_3737Em carta entregue ao secretário, Romeu Ferraz observou que “este custo adicional, não previsto nos orçamentos das obras, prejudica o setor, especialmente as construtoras que já haviam contratado os serviços de remoção e estão sendo pressionadas pelas empresas de terraplenagem a reajustarem a remuneração previamente acertada”.
“Além da questão suscitada, a cidade terá um número maior ainda de caminhões trafegando, obstaculizando ainda mais o trânsito da capital e elevando as emissões de gases de efeito estufa”, prossegue o documento.
O presidente do SindusCon-SP lembrou que a indústria da construção paulista já tem sido bastante prejudicada com a crise econômica, tendo sido obrigada nos últimos anos a reduzir consideravelmente o volume de obras em São Paulo e em todo o país. “Arcar com mais este custo, neste momento em que a atividade do setor segue extremamente baixa, onera as empresas do setor, já muito combalidas. Desta forma, solicitamos a revisão do referido dispositivo, suspendendo a limitação de 12 m³, até a definição de um novo limite mais compatível”, completou.
Fotos: Enzo Bertolini

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