Construcarta: A atividade segue em queda, mas melhora a confiança

Enzo Bertolini

Por Enzo Bertolini

Construcarta: A atividade segue em queda, mas melhora a confiança

No primeiro trimestre de 2016, o PIB da construção registrou retração de 1% na comparação com o trimestre anterior, já desconsiderando os efeitos sazonais. Ou seja, a melhora observada no último trimestre de 2015, quando houve crescimento de 1,5%, não se sustentou.
Em relação ao primeiro trimestre de 2015, o PIB setorial encolheu 6,2%. Vale notar que em 2015, a queda foi de 8,3%, portanto, a comparação está sendo feito com uma base deprimida. Com este resultado, a retração do PIB da construção acumulada em quatro trimestres atinge 7,1%, ligeiramente inferior, portanto, à queda verificada no ano de 2015, de 7,6%. Essa deve ser uma tendência ao longo dos próximos trimestres, ou seja, a comparação com uma base já bastante deprimida vai contribuir para uma taxa acumulada menor ao longo do ano. No entanto, a piora na comparação com o trimestre anterior mostra que a atividade segue encolhendo. O PIB trimestral é ainda uma estimativa preliminar do que acontece em todo o setor.
Vale notar que esses números refletem a atividade da construção como um todo, ou seja, compreende a produção realizada tanto pelas empresas formalmente constituídas, quanto àquela advinda de pequenos empreiteiros e também das próprias famílias. Indicadores relacionados à cadeia da construção, como emprego, ocupação, produção física de insumos da construção e comércio varejista de materiais, todos vêm apontando o prosseguimento da queda da atividade tanto formal quanto informal.
No que diz respeito ao desempenho das empresas, a sondagem da construção do SindusCon-SP realizada em maio mostrou que o declínio da atividade ainda prosseguiu no segundo trimestre. O indicador de desempenho das empresas registrou nova queda, o que significa que a atividade ainda não alcançou o fundo do poço. Por outro lado, houve melhora na percepção dos empresários em relação aos próximos meses. Ou seja, os empresários começam a ficar mais confiantes na recuperação.
Em valor, o PIB da construção alcançou R$ 78,9 bilhões, o que representou 5,35% do PIB brasileiro. No primeiro trimestre de 2015, essa relação era de 5,71%.
Veja o relatório completo aqui.

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