Construcarta Conjuntura: PIB confirma projeções e fecha 2017 com alta de 1%

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Conjuntura: PIB confirma projeções e fecha 2017 com alta de 1%

O PIB brasileiro do último trimestre de 2017, na comparação dessazonalizada com o período anterior, registrou alta de 0,1%. Com esse resultado, o crescimento no ano confirmou as projeções e atingiu a marca de 1%. Apesar de modesta, essa foi a primeira alta na série anual desde 2015, encerrando o longo período de três anos de recessão.
No quarto trimestre de 2017, o maior destaque ficou por conta da indústria, com avanço de 0,5% já livre de influências sazonais. Na mesma base de comparação, a agropecuária teve crescimento zero e o setor de serviços de 0,2%. Outro destaque foi o crescimento de 2% na formação bruta de capital fixo, puxado pelo setor de máquinas e equipamentos. Nesse período, o PIB da construção teve variação nula.
Sob a ótica da demanda, houve uma mudança relevante no padrão de crescimento. Nos trimestres anteriores, o consumo das famílias e as exportações vinham liderando a recuperação da economia. Já no último trimestre do ano passado, sempre na comparação dessazonalizada com o período anterior, o consumo do governo teve alta de 0,2%, encerrando uma série de cinco trimestres consecutivos de queda. Já as exportações caíram 0,9%, enquanto as importações tiveram alta de 1,6%. Por sua vez, o consumo das famílias cresceu apenas 0,1%, a menor alta do ano nesse tipo de comparação.
Considerando o ano de 2017 consolidado, o maior destaque dentre os três grandes setores da economia foi a agropecuária, com avanço de 13%. Indústria e serviços tiveram variação zero e 0,3%, respectivamente. Dentro do segmento industrial houve grandes contrastes. Enquanto a extrativa mineral teve crescimento de 1,7% no ano, em linha com a recuperação do mercado internacional de commodities, e a indústria de transformação avançou 1,7%, a construção civil registrou queda de -5%.
Indicador relevante em termos de perspectivas, a formação bruta de capital teve queda de 1,8% em 2017, fortemente influenciada pelo desempenho da construção civil. Por conta disso, a taxa de investimento, que mede a participação da formação de capital no PIB, passou de 16,1% em 2016 para 15,6% no ano passado, nível mais baixo da série iniciada em 1995.
Vale observar que a construção foi o único segmento industrial a registrar queda no ano passado. Com esse resultado, o setor passou a acumular queda de 20% em quatros anos, o que significou voltar ao patamar de meados de 2009.
Em valores correntes, o PIB da construção somou R$ 295,2 bilhões, o que representou 4,5% do PIB do país.
Para 2018, as perspectivas são melhores tanto para a economia como para o setor. O Boletim Macro da FGV IBRE projetou um crescimento de 2,9% para o PIB brasileiro e de 1% para a construção. Nesse ritmo, o setor levará mais de quinze anos para recuperar as perdas nos últimos 4 anos.
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