Construcarta Nível de atividades: A construção começa a se movimentar – parte 2

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de atividades: A construção começa a se movimentar – parte 2

Em agosto, o Indicador da Atividade das Empresas da Construção Civil (INACC) teve a sua segunda alta consecutiva na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Com isso, a queda na comparação com o ano passado vem se reduzindo e deixando para trás as taxas de dois dígitos. Na comparação com o mesmo período de 2016 – a variação acumulada do INACC até agosto alcança -9,3%.
O emprego com carteira também vem refletindo a “despiora” do cenário setorial. Em julho e agosto, ocorreram os primeiros saldos positivos na contratação das empresas desde setembro de 2014. A geração de pouco mais de 3 mil postos com carteira nesses meses ainda indica uma atividade muito incipiente e abaixo da sazonalidade, ou seja, quando se exclui os fatores sazonais, a variação foi negativa, mas houve uma redução expressiva no ritmo da queda que se observou até o ano passado. Vale notar que entre janeiro e agosto, as empresas demitiram 32,2 mil trabalhadores em 2017, enquanto no ano passado, no mesmo período as demissões atingiram 194,2 mil trabalhadores.
O resultado dos últimos meses reflete uma alta nas contratações realizadas nos segmentos de preparação de terreno, serviços de engenharia e infraestrutura. Em edificações, houve uma desaceleração das demissões, mas os números se mantêm negativos. No entanto, o aumento do emprego nos segmentos antecedentes do ciclo de construção sinaliza mais claramente a reversão da fase de declínio do mercado. Vale notar que preparação de terrenos e serviços de engenharia e arquitetura vêm acumulando resultados positivos desde fevereiro e se as atividades antecedentes mantiverem essa dinâmica positiva, ela se refletirá logo também no segmento de edificações.
Os bons resultados do mercado imobiliário na cidade de São Paulo também reforçam a percepção de melhora da atividade mais à frente. No acumulado do ano até agosto, os lançamentos e vendas na cidade de São Paulo registram crescimento de 12% e 21%, respectivamente na comparação com 2016.
Portanto, ainda que muito lentamente, o movimento de melhora setorial registrado pela sondagem da FGV e do SindusCon-SP nos últimos meses começa a se refletir nos diversos indicadores da construção. Ele é resultado de um conjunto de fatores que vem dando mais confiança aos investidores e às famílias. Especialmente a queda da inflação e da taxa de juros assegura esse ambiente mais positivo à compra de imóveis.
No entanto, é importante lembrar que essa dinâmica vem sendo comandada pelo segmento de habitação social, alavancado pelo Programa Minha Casa Minha Vida: os imóveis de 1 e 2 dormitórios representaram 75% das vendas do município de São Paulo realizadas até agosto. O segmento de média e alta renda ainda sofre com os distratos.
Dessa forma, a sustentação dessa recuperação, ainda tímida, está diretamente associada à manutenção do programa. Mas para isso será preciso assegurar suas fontes de recursos, que vêm sendo ameaçada pelas constantes mudanças nas regras de saque do FGTS.
Acesse o relatório completo aqui.

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