GT Tintas estuda logística reversa para os resíduos do processo de pintura

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

GT Tintas estuda logística reversa para os resíduos do processo de pintura

IMG_9325Com o objetivo de estabelecer uma diretriz brasileira sobre logística reversa, o Grupo de Trabalho de Tintas realizou sua segunda reunião na sede do SindusCon-SP. Na ocasião foi apresentado um panorama sobre as medidas adotadas em outros países e um debate a respeito do rastreamento do processo de pintura imobiliária, desde o fabricante, passando pelas construtoras, até o descarte final identificando os tipos de resíduos gerados. O GT Tintas é coordenado pelo Comitê do Meio Ambiente (Comasp) do SindusCon-SP, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) e Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).
Segundo a gerente técnica da Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (Abrafati), Gisele Bonfim, no Canadá e Estados Unidos existe educação por parte da população em relação ao descarte correto de materiais. “É possível comprar tinta esmalte, utilizar a metade, voltar para o fabricante, que vai revender o restante.” Além disso, eles têm o chamado Paint Care que cuida dos resíduos de tintas e embalagens. “As construtoras fazem a entrega do material e essa organização faz a doação de parte e revende o restante como tinta recuperada”. Já a embalagem é encaminhada para a reciclagem. “Trata-se de um negócio. Já os apetrechos são descartados no lixo comum, após a secagem”, informa.
Na Europa, de acordo com Gisele, a tinta não costuma sobrar, mas se acontecer, as grandes construtoras a utilizam em outras obras. Já o consumidor final pode fazer o descarte na rua, já que cada um paga pelo peso do lixo. “Isso acontece na França onde a cultura é do custo para o bolso.” Já as embalagens plásticas viram matéria-prima para as termoelétricas.
Atualmente, as construtoras enviam os resíduos para as Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs), que são os grandes agentes formais, e eles são responsáveis pela correta destinação final. Segundo a coordenadora técnica do Comasp, Lilian Sarrouf, as ATTs podem receber todo tipo de resíduo desde que autorizadas pelo órgão competente. “É necessário desmistificar que as ATTs não podem receber resíduos de tintas ou outros tipos de resíduos classe D da resolução do Conama 307.”
As empresas de reciclagem de tintas podem se interessar em comprar sobras de tintas ou tintas vencidas das ATTs, isto já ocorre em outros setores. Este modelo pode ser implantado para a construção civil de forma a viabilizar economicamente o processo da logística reversa. Essa e outras soluções devem ser analisadas, segundo Gisele. A Abrafati entende ser de sua responsabilidade buscar a destinação adequada de todos os resíduos provenientes do processo de pintura. Uma primeira proposta do acordo setorial será apresentada na próxima reunião do GT.
* O manual “Gestão ambiental de resíduos da construção civil – avanços institucionais e melhorias técnicas” apresenta uma relação de locais para destinação.
(Aline Horvath)

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