Ribeirão Preto lança Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho na Construção Civil

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Ribeirão Preto lança Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho na Construção Civil

Ribeirão Preto sediou nesta quinta-feira (23/11) o lançamento, na região Sudeste, da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Indústria da Construção Civil (CANPAT Construção 2017/2018), com a realização do “Seminário Regional Edificar o Trabalho”.
O evento, que também acontecerá em outras regiões do País, foi realizado pelo SindusCon-SP e Serviço Social da Construção (Seconci-SP), com a correalização do Sesi-SP e promoção do Ministério do Trabalho e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP) sediou o seminário.
CanpatO vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, destacou a importância da cidade e da campanha. “Ribeirão Preto é uma região dinâmica e ativa, com uma importante estrutura e por isso merece receber o lançamento desta campanha”, destacou Ishikawa que também é vice-presidente do Seconci-SP. 
O presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas da CBIC, Fernando Guedes Ferreira Filho, ressaltou que saúde e segurança no trabalho é um assunto que deve estar sempre em discussão. “A campanha visa discutir as boas práticas de prevenção de acidentes de trabalho adotadas em todas as regiões do Brasil.”
CANPAT_02O secretário municipal de Obras, Pedro Luiz Pegoraro, representou o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira no evento. “Ribeirão Preto recebe essa iniciativa em boa hora. Em 2018 a cidade passará por um momento de grande impulso na área da construção civil, daí a importância de falarmos sobre a saúde e segurança do trabalhador.”
Durante o evento foram divulgados programas e projetos realizados com foco na prevenção de acidentes de trabalho e em prol da saúde e segurança do trabalhador da construção civil.
O gerente da Região Oeste do Seconci-SP, Agnaldo Francisco da Silva, destacou as ações desenvolvidas neste ano, entre elas as diversas campanhas, como a vacinação contra febre amarela, Outubro Rosa, Novembro Azul e a presença da Unidade Móvel Odontológica em diversas obras da região. “Se o trabalhador tem dificuldade de ir até o posto de saúde, nós enviamos o atendimento até ele no canteiro de obra. Assim realizamos nossas campanhas. Não poupamos esforços na conscientização, prevenção, saúde e segurança dos trabalhadores”.
Levantamento do Ministério do Trabalho aponta que de 2006 a 2015 as principais causas fatais de acidentes de trabalho na construção civil foram queda, soterramento e choques. Já as causas não fatais foram impactos diversos, quedas e aprisionamento. “Os acidentes de trabalho provocam consequências sociais e econômicas para o trabalhador e para o empregador, daí a importância de sempre discutirmos a saúde e a segurança dos trabalhadores”, disse o representante do Departamento de Segurança e Saúde do Ministério de Trabalho, José Almeida Martins de Jesus Júnior.
A Reforma Trabalhista, com suas alterações nos contratos individuais de trabalho e consequências, também foi destacada durante o evento. A gerente executiva de Relações de Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sílvia Lorena Teixeira de Souza, ressaltou sua importância. “Havia a necessidade de alterar essa legislação. A nova lei é um marco nas relações de trabalho e a negociação deve ser sua espinha dorsal”.
Para o advogado especializado na área trabalhista, Renato Romano Filho, os empregadores devem tomar conhecimento da reforma na legislação e ter muita cautela com as novas possibilidades abertas pelas mudanças. “É preciso responsabilidade, pois a legislação mexe com a relação capital e trabalho de forma muito efetiva.”
Romano Filho afirma que as condições gerais devem continuar sendo tratadas em convenção coletiva.  “Já as situações específicas de cada empresa, quando necessário, é que devem ser negociadas diretamente com os sindicatos, sempre com o acompanhamento de um profissional da área.”

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