Seminário em Campinas debate rumos da arquitetura e da construção
Com iniciativa do Lide Campinas e apoio do SindusCon-SP, o Seminário de Construção, Arquitetura e Design, realizado nesta sexta (20), em Campinas, debateu o futuro do setor com autoridades municipais, empresários, construtoras e arquitetos.
O diretor da regional do SindusCon-SP em Campinas, Marcio Benvenutti, detalhou o cenário da construção no Brasil e em Campinas e destacou avanços e dificuldades. “Trouxemos para este encontro as informações que o SindusCon-SP apura mensalmente com a FGV sobre emprego e economia do setor no Brasil. É importante destacar que a construção civil sofre em todo o país, porém, ainda resiste. Os números de emprego de Campinas têm sofrido variação mês a mês e, na média de janeiro a agosto, o saldo é positivo com mais 570 postos de trabalho gerados.
Ele ainda pontuou que o futuro é incerto, pois depende diretamente das decisões políticas que afetam o mercado. “Os números esboçam uma tendência de melhora, porém, é muito cedo para qualquer previsão de recuperação. A instabilidade política contribui para que o setor tenha cautela sobre novos investimentos e novas contratações”, disse Benvenutti.
Também presente no Seminário, o Secretário de Habitação de Campinas, Samuel Rossilho, destacou as ações da prefeitura que impactam no setor, como a desburocratização para a aprovação de projetos. “Campinas era famosa pela demora na aprovação de projetos e estamos revertendo isso com medidas que agilizam esses processos. Queremos reverter problemas em soluções e soluções realmente efetivas. No caso da habitação, atualmente temos 36 mil interessados em habitação social inscritos na Cohab de Campinas e, em razão disso, estamos desenvolvendo projetos para diversas áreas da cidade com intuito de reduzir este déficit”.
Planejamento Urbano
Segundo ranking Connected Smart Cities, elaborado pela consultoria Urban Systems, Campinas saltou do 47º lugar no ano passado e chegou à 10ª posição em 2017 no quesito planejamento urbano.
Dos critérios do ranking, seis são relacionados diretamente ao planejamento urbano como lei de zoneamento, lei de operação urbana consorciada, plano diretor estratégico, emissão de certidão negativa e alvará online, vias pavimentadas e despesas municipais com urbanismo. Quatros são referentes à mobilidade urbana como proporção entre ônibus e automóveis, idade média da frota de transporte público, quantidade de ônibus por habitante e presença de outros meios de transporte. O ranking também teve como base o atendimento urbano de água, de esgoto e a arborização do município.
