SindusCon-SP faz apelo pela reforma da Previdência
O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, enviou em 1 de dezembro cartas ao governador Geraldo Alckmin, ao prefeito João Dória Jr. e aos deputados federais e senadores, solicitando empenho para que a reforma da Previdência obtenha o número de votos favoráveis suficiente para sua aprovação.
As correspondências chamam a atenção para a necessidade de estancar a trajetória crescente do déficit da Previdência, a fim de sanear as finanças públicas, possibilitar o pagamento dos benefícios previdenciários e restabelecer a confiança do empresariado, estimulando assim a realização dos investimentos privados necessários à recuperação da economia.
Na carta dirigida ao governador, o presidente do SindusCon-SP alertou para a gravidade da situação gerada pelo risco de não votação da reforma. “Solicito que V. Exa. utilize toda a sua influência junto aos deputados do PSDB, para que apoiem uma pauta mínima de reforma da Previdência ainda neste ano. Tal pauta deveria contemplar a equiparação entre funcionários públicos e trabalhadores do setor privado, o fim das mega-aposentadorias recebidas por poucos em detrimento de muitos, e a elevação do limite de idade”, destacou.
Romeu Ferraz manifestou a convicção de que “o PSDB, historicamente favorável à reforma da Previdência por compreender sua relevância, mais uma vez não desapontará o país, mesmo retirando-se da base de apoio ao governo”. Na mesma linha, o presidente do SindusCon-SP destinou uma carta específica aos deputados daquele partido.
Já a correspondência dirigida aos demais deputados e senadores destaca que “a mudança do regime previdenciário não é bem vista por parte da população, a qual ainda desconhece a dimensão do problema. Somente agora os veículos de comunicação começam a tratar o assunto com a devida propriedade. Porém, em pouco tempo, a sociedade como um todo reconhecerá as consequências que o desprovimento da Previdência acarretará. Com aumento da expectativa de vida e a queda da taxa de natalidade, em breve teremos alguns poucos trabalhadores a suportar uma imensidão de aposentados. Sem recursos, a Previdência não terá como atender a população”.
A carta também solicita a mobilização pela aprovação da pauta mínima da reforma que “tem de acontecer agora. Adiá-la é lançar o Brasil na certeza do caos”. O texto faz parte das manifestações do movimento “Reformar para Mudar”, integrado pelo SindusCon-SP e pelas principais entidades empresariais paulistas, incluindo as da construção.
